DONA BORBOLETA
Quando saiu do casulo, olhou o mundo lá fora, assustada arregalou os olhinhos. Pensou;
- Como vou viver no meio de tantas coisas estranhas, tenho medo de me perder.
Aos poucos a própria natureza colaborou com a sua nova vida. Certa manhã sacudiu as asinhas, empinou as antenas, esticou as perninhas e bateu asas para conhecer aquele encanto de cores.
Ao pisar nas pétalas de uma flor, olhou ao redor e tremeu ao ver tantas lagartas subindo no tronco.
A lagarta então olhou e disse:
- Não se espante, você também foi assim como nós, podemos ser até feias, mas logo seremos tão lindas como você, livres batendo asas na suavidade da brisa.
A borboleta nada disse e foi descobrindo o lugar, até que viu um sapo enorme com a língua de metro pegando um mosquitinho inocente e tremeu, o medo foi tão grande que ela na flor se encolheu temendo ser capturada pelo sapo. Que ao ver a tremedeira da pobre borboleta esbravejou:
-Oras! oras! não tenha medo, você é um tiquinho, não vou sujar minha língua sem ter o que matar a minha fome.
A borboleta deu aquele suspiro agradecendo ao sapo e foi conhecer o jardim bem longe daquele sapo.
Toda empolgada viu que logo adiante tinha um mundo bem maior que aquele jardim e quando outras borboletas apareceram seguiu o bando em direção a floresta, que de início parecia misteriosa, mas era cheia de encantos e magia.
Encontraram passarinhos, lagartas e até uma cobra gigante passeava sem pressa.
e as borboletas sabendo que o tempo delas era pouco aproveitaram para bailarem nas mais lindas flores daquela floresta.
AUTORIA – Irá Rodrigues
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