Fifi

Fifi era bela gatinha, mestiça angorá , de pelagem amarela, que vivia lá do outro lado da cidade. Morava numa casa confortável, com gramado e tinha a sua disposição, água limpa, ração, cama e colinho da sua dona, Beatriz.

Todas as manhãs, Beatriz acordava com Fifi na sua cama, ronronando e pedindo ração. A garota, com seus dez anos de idade, vivia maravilhada com sua gatinha, que foi doada a ela, no último Natal.

Um dia, Beatriz ao se levantar não viu a gatinha na cama, e foi logo procurando e perguntou para sua mãe, onde estava Fifi. A mãe, ocupada com os afazeres domésticos, disse que pela manhã, Fifi saiu um pouco pelo quintal e depois ela não viu mais. Beatriz ficou chateada e foi procurar a gatinha, antes mesmo de fazer a higiene matinal. Nem havia lavado o rosto e nem escovado os dentes.

A mãe ouviu os chamados aflitos de Beatriz no quintal, e também se pôs a procurar a gatinha amarela.

Nada! Nem sinal de Fifi. Procura daqui, procura dali, e não tiveram sucesso. A gatinha não apareceu. Beatriz começou a chorar. Lágrimas caiam de seus olhinhos castanhos e tristonhos. A garota tinha muito apego a gatinha.

A mãe foi logo muito rápida, pegou o celular e colocou fotos de Fifi no grupo da vizinhança, chamou pelo whatsapp a vizinha da casa em frente e perguntou se ela tinha visto a gatinha lá no jardim dela. A resposta foi negativa e Beatriz ouvindo tudo, ficou mais aflita e triste, pensando perder sua gatinha. A mãe enviou fotos para os vizinhos da rua, chamou outras pessoas de perto, e destacou a foto de Fifi na rede social. A procura estava anunciada. Gatinha amarela desaparecida, atende por Fifi. Criança está triste com o desaparecimento.

A mãe procurou consolar Beatriz de alguma forma, amenizar aquela sensação angustiante de perda que a menina estava sofrendo. Ela sabia que encontraria a gatinha, tinha que insistir na procura e ter paciência.

Depois de horas de recados e mensagens, após as onze horas, alguém chama no portão. A mãe de Beatriz olha pela janela e seu coração acelera. Um garoto estava com a gatinha no colo e junto dele, um senhor de idade, aguardava na calçada.

A mãe chama Beatriz, que se encontrava amuada e chorosa no quarto, e as duas saem em disparada para abrir o portão. Quanta alegria estampada no rosto da menina ao ver a gatinha amparada pelo garoto. O senhor que acompanhava, fez as devidas explicações . Dissera ele, que estava caminhando com o neto, e viu uma gatinha entre os arbustos da calçada, uma rua acima. Eles se aproximaram, e a gatinha, um pouco assustada, recuou, eles perceberam se tratar de um animal de estimação, visto o trato do felino. Tentaram nova aproximação e com jeitinho, o menino conseguiu que ela não fugisse. Pegou -a e foi perguntar na casa ao lado, onde informaram que havia uma vizinha que tinha postado a noticia de uma gata perdida. Feita a descrição, o menino e o avô, se prontificaram ,eles mesmos, a levar a gatinha para a dona. E assim foi feito.

Beatriz abraçava a gatinha e não se continha de felicidade. A mãe agradecia o senhor e o garoto, com palavras de gentileza e amabilidade, se dispondo , até a pagar uma recompensa, que logo foi descartada pelo senhor. Disse ele, que um animal de estimação deve ficar com as pessoas com as quais mantém laços afetivos e não há dinheiro que pague esse contato. Ele sentia-se feliz por ver que a felina e a menina estavam juntas , novamente.

Assim, encerrou a conversa de forma muito afável e se despediu educadamente, tomando seu rumo, com o neto ao seu lado.

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Lia Fátima
Enviado por Lia Fátima em 01/10/2021
Reeditado em 01/10/2021
Código do texto: T7354208
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