FESTA NA FLORESTA
O corujão resolveu fazer uma festa e todos os amiguinhos foram convidados. Não faltou os que rastejam nem os que tem asas os que voam e os que só sabem andar como as galinhas o galo Adamastor e até uma perua velha que na floresta moravam.
A galinha Zezé toda vaidosa queria ser a mais elegante da festa e assim poderia dançar até com o nobre gavião.
Logo cedo foi se enfeitar, colocou um chapéu com flores e um laçarote de fita. Numa asa uma sombrinha, na outra muitas pulseiras coloridas e uma bolsa, ainda calçou botas com meias listradas.
Com as suas penas sedosas, olhou-se no espelho, abriu o bico ao ver que estava muito elegante.
Seguia pela estrada cantarolando quando encontrou a coruja numa tristeza e foi logo perguntando:
- Ainda nesse desanimo! - Não vai à festa do nobre gavião?
- Não posso estou cuidando dos filhos e não tenho com quem deixar. - Respondeu a coruja numa tristeza que dava dó.
A galinha toda animada nem insistiu, seguindo seu caminho quando encontra a centopeia se lamentando, foi correr pra chegar logo perdeu um pé do sapatinho e estava mancando.
- Volte pelo caminho, com certeza vai encontrar. – Disse a galinha toda vaidosa com a sua elegância e não parou para ajudar a centopeia e nem percebeu que a pavoa estava ao seu lado ofuscando a sua beleza o que deixou a galinha com tanta raiva que nem respondeu o bom dia.
Ainda estava longe teria que planejar algo pra tirar aquela exibida do seu caminho. Pensou a galinha- Não vou deixar que outra apareça mais bela que eu.
E assim seguia apressando o passo deixando a pavoa bem atrás.
Com a sua inveja armou para que a pavoa caísse numa armadilha e assim pediu a ajuda tatu que logo ofereceu o buraco onde estava descansando.
No mato se esconderam e logo a pobre da pavoa fica com a perna presa à espera de ajuda, quando a galinha sai do mato, abre o bico dando gargalhadas e segue confiante de que seria a mais cobiçada de toda aquela festa.
A maldade não chega atrasada, a galinha se guia balançando as asas de contentamento quando a sua frente aparece uma raposa salivando de fome. A galinha saiu em disparada pelo mato, a raposa disposta a servir em seu almoço não media esforços nas canelas para abocanhar a galinha que por sorte encontrou um esconderijo, a raposa farejou, farejou e não encontrando desistiu e seguiu viagem.
Final da história, a pavoa foi socorrida, chegou linda na festa e a galinha até hoje está correndo da raposa.
Autora- Irá Rodrigues