Papai Noel e o menino do Planeta Twick
Papai Noel recebe cartinhas do mundo inteiro. Mas no ano passado o duende carteiro trouxe uma carta de um planeta que ninguém na cidade de Papai Noel conseguiu identificar. Enquanto seus ajudantes procuravam descobrir onde ficava o planeta Twick, Papai Noel foi ler a linda cartinha. Era de um menino chamado simplesmente de menino. E tudo o que o menino queria era um burrinho com um pouco de capim.
Papai Noel achou o pedido do menino muito bonito. Tratou de mandar providenciar o burrinho e uma caixa com capim exatamente como o menino tinha pedido. Era quase meia-noite quando finalmente um dos duendes conseguiu localizar o planeta Twick. Perto do cruzeiro do sul, uma estrela pequena, quase invisível, só vista por um telescópio de muita tecnologia que aumentava a estrela em 10.000 vezes o seu tamanho real.
Os duendes e gnomos ajudaram Papai Noel a colocar o burrinho e a caixa de capim no trenó cheio de brinquedos. Papai Noel visitou primeiro as crianças da Terra, pois conhecia todos os endereços. Sabia onde ficava a cidade do Rio de Janeiro, a cidade de Londres, a cidade de Madrid enfim todas as cidades.
Quando terminou de colocar os presentes das crianças da Terra nas árvores de Natal e nas meias, penduradas nas janelas, seguiu no seu trenó com as suas renas para o planeta Twick. Papai Noel tomou um susto ao chegar ao planeta. Não tinha nada. Apenas um menino sentado num tamborete olhando para lua. Era um minúsculo planeta. Mal cabia Papai Noel.
- Ho, Ho, Ho, Ho! Feliz Natal! – Disse Papai Noel para o menino.
- Olá, Papai Noel! Você veio! – O menino exclamou.
- Vim e trouxe o que você me pediu. – Papai Noel entregou o burrinho e a caixa de capim.
O menino ficou muito feliz com o seu presente. Mas Papai Noel deu uma volta com o olhar ao redor do planeta e não viu mais ninguém além do menino. Será que ele passava os natais sozinho? Será que não tinha ninguém para cuidar daquele menininho frágil e carinhoso?
- Cadê os seus pais? – Perguntou Papai Noel, curioso.
- Não sei. – Respondeu o menino, desinteressado.
- Quem cuida de você? - Perguntou Papai Noel, mais curioso ainda.
- Elas! – E o menino apontou para as estrelas.
Papai Noel não conseguiu entender muita coisa, mas se o menino tinha quem cuidasse dele não havia muito com o que se preocupar.
- Como você sabe que hoje é Natal? – Perguntou Papai Noel.
- As estrelas me disseram. Elas me contam tudo. Foram elas que me falaram do senhor. – Respondeu o menino.
- O que você vai fazer com o burrinho e o capim? – Perguntou Papai Noel.
- O burrinho vai me ajudar a andar pelas estrelas e o capim eu vou plantar para ele comer. – Respondeu o menino brincando com o burrinho.
- Se você quiser eu posso levá-lo para uma casa com muitos meninos. – Disse Papai Noel.
- Não! Eu não posso deixar o meu planeta! Aqui tem muitas coisas que precisam dos meus cuidados, Papai Noel! A gente tem que cuidar do que ama! – Respondeu o menino seriamente.
- Mas gosta de viver sozinho? – Perguntou Papai Noel.
- Nunca estou sozinho. Há as estrelas. – Respondeu o menino, aborrecido.
- E quando o dia amanhece? O que faz?
- Durmo. – Respondeu o menino sem dar muita importância.
Papai Noel deu um segundo olhar ao redor do planeta do menino e não viu uma árvore de Natal. Nada que significasse o Natal.
- Você não tem uma árvore de Natal com luzes piscantes?
- Tenho as estrelas, Papai Noel.
Sim, pensou, Papai Noel. Quem tem as estrelas não precisa de árvores de Natal e muito menos de companhia. Agora que o menino tinha o burrinho poderia viajar pelas estrelas e conhecer outros planetas. Papai Noel se despediu com o coração apertado por deixar aquele menino sozinho na noite de Natal. Mas era a vontade dele. E a gente tem que respeitar a vontade das pessoas. Sem contar que o menino parecia mais alegre depois do presente recebido.
Quando Papai Noel foi embora, uma estrela perguntou ao menino:
- Ganhou o burro?
- Ganhei! Veja como ele é lindo!
- Então venha! Ainda há tempo de comemorar o Natal com as outras estrelas.
- Mas eu preciso plantar o capim. – Respondeu o menino.
- Você quem sabe. – Disse a estrela.
- Ficarei para plantar o capim. Assim o meu burrinho terá sempre comida.
A estrelinha correu ao encontro das outras para comemorarem o Natal. O menino ficou no seu planeta TWICK plantando capim, enquanto todo o Universo comemorava o Natal. O menino deixou um pouco de capim perto do tamborete e deu água para o burrinho. Depois adormeceu. Ele nem percebeu que o menino Jesus dormiu ao lado dele naquela noite de Natal, em cima do capim e protegido pelo burrinho.
Quando o dia amanheceu em cima do capim havia um manto branco e cheiro de xixi de criança, havia pegadas na areia do seu país de homem e de mulher. Sem contar que o seu tamborete tinha passado por uma reforma. É parecia que tinham passado por ali uma mulher, um marceneiro e uma criança. Era hora de aguar o capim antes que o dia terminasse.
Papai Noel recebe cartinhas do mundo inteiro. Mas no ano passado o duende carteiro trouxe uma carta de um planeta que ninguém na cidade de Papai Noel conseguiu identificar. Enquanto seus ajudantes procuravam descobrir onde ficava o planeta Twick, Papai Noel foi ler a linda cartinha. Era de um menino chamado simplesmente de menino. E tudo o que o menino queria era um burrinho com um pouco de capim.
Papai Noel achou o pedido do menino muito bonito. Tratou de mandar providenciar o burrinho e uma caixa com capim exatamente como o menino tinha pedido. Era quase meia-noite quando finalmente um dos duendes conseguiu localizar o planeta Twick. Perto do cruzeiro do sul, uma estrela pequena, quase invisível, só vista por um telescópio de muita tecnologia que aumentava a estrela em 10.000 vezes o seu tamanho real.
Os duendes e gnomos ajudaram Papai Noel a colocar o burrinho e a caixa de capim no trenó cheio de brinquedos. Papai Noel visitou primeiro as crianças da Terra, pois conhecia todos os endereços. Sabia onde ficava a cidade do Rio de Janeiro, a cidade de Londres, a cidade de Madrid enfim todas as cidades.
Quando terminou de colocar os presentes das crianças da Terra nas árvores de Natal e nas meias, penduradas nas janelas, seguiu no seu trenó com as suas renas para o planeta Twick. Papai Noel tomou um susto ao chegar ao planeta. Não tinha nada. Apenas um menino sentado num tamborete olhando para lua. Era um minúsculo planeta. Mal cabia Papai Noel.
- Ho, Ho, Ho, Ho! Feliz Natal! – Disse Papai Noel para o menino.
- Olá, Papai Noel! Você veio! – O menino exclamou.
- Vim e trouxe o que você me pediu. – Papai Noel entregou o burrinho e a caixa de capim.
O menino ficou muito feliz com o seu presente. Mas Papai Noel deu uma volta com o olhar ao redor do planeta e não viu mais ninguém além do menino. Será que ele passava os natais sozinho? Será que não tinha ninguém para cuidar daquele menininho frágil e carinhoso?
- Cadê os seus pais? – Perguntou Papai Noel, curioso.
- Não sei. – Respondeu o menino, desinteressado.
- Quem cuida de você? - Perguntou Papai Noel, mais curioso ainda.
- Elas! – E o menino apontou para as estrelas.
Papai Noel não conseguiu entender muita coisa, mas se o menino tinha quem cuidasse dele não havia muito com o que se preocupar.
- Como você sabe que hoje é Natal? – Perguntou Papai Noel.
- As estrelas me disseram. Elas me contam tudo. Foram elas que me falaram do senhor. – Respondeu o menino.
- O que você vai fazer com o burrinho e o capim? – Perguntou Papai Noel.
- O burrinho vai me ajudar a andar pelas estrelas e o capim eu vou plantar para ele comer. – Respondeu o menino brincando com o burrinho.
- Se você quiser eu posso levá-lo para uma casa com muitos meninos. – Disse Papai Noel.
- Não! Eu não posso deixar o meu planeta! Aqui tem muitas coisas que precisam dos meus cuidados, Papai Noel! A gente tem que cuidar do que ama! – Respondeu o menino seriamente.
- Mas gosta de viver sozinho? – Perguntou Papai Noel.
- Nunca estou sozinho. Há as estrelas. – Respondeu o menino, aborrecido.
- E quando o dia amanhece? O que faz?
- Durmo. – Respondeu o menino sem dar muita importância.
Papai Noel deu um segundo olhar ao redor do planeta do menino e não viu uma árvore de Natal. Nada que significasse o Natal.
- Você não tem uma árvore de Natal com luzes piscantes?
- Tenho as estrelas, Papai Noel.
Sim, pensou, Papai Noel. Quem tem as estrelas não precisa de árvores de Natal e muito menos de companhia. Agora que o menino tinha o burrinho poderia viajar pelas estrelas e conhecer outros planetas. Papai Noel se despediu com o coração apertado por deixar aquele menino sozinho na noite de Natal. Mas era a vontade dele. E a gente tem que respeitar a vontade das pessoas. Sem contar que o menino parecia mais alegre depois do presente recebido.
Quando Papai Noel foi embora, uma estrela perguntou ao menino:
- Ganhou o burro?
- Ganhei! Veja como ele é lindo!
- Então venha! Ainda há tempo de comemorar o Natal com as outras estrelas.
- Mas eu preciso plantar o capim. – Respondeu o menino.
- Você quem sabe. – Disse a estrela.
- Ficarei para plantar o capim. Assim o meu burrinho terá sempre comida.
A estrelinha correu ao encontro das outras para comemorarem o Natal. O menino ficou no seu planeta TWICK plantando capim, enquanto todo o Universo comemorava o Natal. O menino deixou um pouco de capim perto do tamborete e deu água para o burrinho. Depois adormeceu. Ele nem percebeu que o menino Jesus dormiu ao lado dele naquela noite de Natal, em cima do capim e protegido pelo burrinho.
Quando o dia amanheceu em cima do capim havia um manto branco e cheiro de xixi de criança, havia pegadas na areia do seu país de homem e de mulher. Sem contar que o seu tamborete tinha passado por uma reforma. É parecia que tinham passado por ali uma mulher, um marceneiro e uma criança. Era hora de aguar o capim antes que o dia terminasse.