A Árvore de Natal
Era uma vez um lindo garotinho chamado Natanael, ele vivia em uma pequena aldeia junto a seu pai e sua mãe. Natanael era uma criança muito querida na aldeia, todos o amava e o queria muito bem, mas ninguém o chamava pelo nome completo, e sim pelo apelido de Natal, que parecia ser um nome mais fácil de pronunciar, o pequeno garotinho adorava esse apelido, pois lembrava o aniversário o menino Deus, a noite mais feliz de todos ali na aldeia.
Natal passava o dia brincando no pequeno bosque ao lado da aldeia, junto com seus amiguinhos e os lindos animaizinhos que viviam ali naquele bosque. Enquanto isso os pais de Natal, e os demais moradores da aldeia, trabalhavam em uma mina de carvão a alguns quilômetros da aldeia, era desta mina que vinha o sustento de toda a aldeia.
Certa vez, durante a escavação, o pai de Natal bateu com sua ferramenta de cavar, em cima de uma pedra brilhante. Com cuidado ele retirou pegou a pequena pedra brilhante e guardou para si, julgando ser um diamante de muito valor. Passou-se o dia e todos foram para suas casas descansar depois de um longo dia de trabalho.
Em casa o pai de Natal contou a esposa o que havia ocorrido e mostrou a ela a linda pedra que havia encontrado. Ambos ficaram muitos felizes e acreditavam estarem ricos e poderosos com aquela pedra brilhante. No dia seguinte eles nem foram trabalhar como de costume, passaram o dia admirando o lindo diamante, não comeram, não beberam, apenas olhavam fixamente para a pedra brilhante. Eles nem viram Natal sair para brincar no bosque.
A chegar a noite, Natal já havia ido dormir, seus pais perceberam que o brilho da lua estava mais forte, pois era noite de lua cheia. A pedra brilhava ainda mais forte. Então o casal se levantou e foi até lá fora e ergueram aquela pedra em direção a lua, o brilho lunar os envolveu por completo com uma intensa claridade. A pedra brilhante se soltou da mão deles e começou a subir lentamente em direção a lua, ambos se esticavam para tentar agarrar a pedra, mas não conseguiam.
De tanto se esticaram que começaram a se transformar em uma árvore. De seus pés começaram a sair raízes que se grudavam ao chão e de seus corpos, braços e cabelos começaram a sair galhos, cheio de folhas que cresciam em direção a lua, tentando agarrar a linda pedra brilhante.
Quando Natal acordou no dia seguinte, seus pais não estavam em casa, nem eles nem a pedra brilhante. No quintal uma linda árvore havia crescido do dia para a noite. Natal procurou seus pais por todos os lados, mas não o encontrou, ao chegar a noite ele não aceitou ir para casa de ninguém, preferiu ficar sozinho em sua casa, esperando por seus pais. Vários dias se passaram e ele continuava sozinho em sua casa, à espera de seus pais.
Ao chegar o mês de dezembro, Natal resolveu fazer vários pedidos a São Nicolau, um nobre velhinho, mágico, que realizava os desejos das crianças na noite que se comemora o aniversário do menino Deus. Natal escreveu seus pedidos em pequenas cartinhas, colocou em pequenos envelopes e pendurou na árvore que havia crescido em seu quintal. Nestas cartinhas Natal pedia seus pais de volta, pois ele os amava muito e estava sofrendo muito sem eles.
Ao chegar a noite do dia 24 de dezembro, Natal já estava dormindo, quando acordou assustado, perto da meio noite, com uma luz muito forte que invadiu seu quarto despertando de seu sono. Ele levantou-se para ver o que estava acontecendo, ao abrir a janela ele viu que a árvore que havia crescido em seu quintal estava toda iluminada, as cartinhas que havia pendurado na árvore estavam brilhando com cores diferentes.
Natal ficou encantado com o que estava vendo e saiu correndo para fora. Gritou bem alto para acordar os vizinhos que vieram todos correndo para ver o espetáculo da árvore brilhante. Todos estavam maravilhados ao redor da árvore que resplandecia em luzes brilhantes de todas as cores, um verdadeiro show de luzes.
Quando o relógio marcou meia noite, as cartinhas que Natal havia pendurado na árvore começaram a estourar como bexigas e delas saiam um pozinho brilhante que se juntou no ar e transformou-se em duas pessoas. São Nicolau havia acabado de realizar o desejo de Natal trazendo seus pais de volta. Eles se abraçaram e houve naquela noite uma grande festa ao redor daquela árvore que se manteve brilhante durante toda a noite, até o sol raiar.
No outro dia todos na aldeia comentavam sobre a linda árvore que Natal tinha em seu quintal e todos queriam plantar uma em seu próprio quintal, para pendurar seus pedidos a São Nicolau e para comemorar o aniversário do menino Deus.
Então Natal teve uma grande ideia. Ele deu um galhinho da árvore para que cada um dos moradores pudesse plantar no quintal ou em um vaso dentro de casa. Cada um plantou a sua árvore que logo ela cresceu. No dezembro seguinte, todas as crianças da aldeia estavam enfeitando, cada uma a sua árvore com várias cartinhas de pedidos a São Nicolau.
Então a meio noite do dia 24 de dezembro todas as árvores resplandeceram em luzes diferentes e todos os pedidos a São Nicolau foram atendidos. Assim a comemoração do aniversário do menino Deus se tornou uma data muito especial, cheia de alegria e de grande festa ao redor da árvore de Natal, como ficou conhecida por todo mundo até os dias de hoje.