A menina Juli Lima
Era uma vez uma menina de cabelos cacheados que gostava de poetizar. Tudo virava poesia no seu doce olhar. Os rios, as montanhas, as dores, as dúvidas e até mesmo as perdas... a poesia morava na menina Juli.
Era uma menina irrequieta e adorava dizer aos amigos que os amavam. Não se cansava de dizer "eu te amo" para João, Maria e José. A menina Juli trazia gigantes dentro de si que espantavam a maldade para bem longe.
Tinha um recanto onde poetizava guardado no fundo do baú que despertava todas as manhãs cheio de vontade de ser poeta mais uma vez, a cada dia, o recanto renascia poeta dentro da menina Juli.
Sabia bem o que era ser amiga de verdade, e reconhecia os erros e acertos dos seus amigos tortos... sim porque existem amigos tortos, também. Eles são assim meio parecidos com um lápis com a ponta quebrada, não escrevem nada se você não fizer a ponta. Alguns lápis precisam de cuidados especiais, igual gente medrosa.
Um dia, a menina Juli conheceu uma amiga meio torta e assustada com os adultos. À ela deu amor, à ela disse um "eu te amo", à ela cativou e levou no bolso do seu coração lindo. A amiga teve medo daquele imenso amor, nunca foi amada antes, nunca conheceu alguém que mandasse poesias de presente para desconhecidos. A menina Juli poetizava a dor da sua amiga em letrinhas bailarinas.
A verdade é que a menina Juli sabia amar incondicionalmente e o mundo não estava mais acostumado aquele tipo de amor, muitas vezes a amiga assustou-se no seu bolso e quis fugir, noutras sentiu-se protegida e apesar de tantas decepções, ausências e saudades pôde sentir na alma o verdadeiro amor.
- Sabe, menina Juli, um dia eu vou virar uma poesia miudinha lá em cima... no céu... quem sabe serei uma estrelinha cadente para te levar a passeios por mundos distantes, disse a amiga.
A amiga da menina Juli mais parecia um embuá de tão encolhida que vivia, meio assustada com o seu riso à poesia. Mas, a menina Juli fez dela uma onça pintada tornando-a grande e brava. Pronta para defender-se das maldades alheias. A menina Juli só esqueceu de ensinar a amiga como não apagar as poesias que nasciam dentro dela, pois o mundo necessitava muito de poetas.
A doce menina Juli distribuía amor através da sua poesia. Gostava de beijar os amigos parecia uma beija-flor. Todos os dias, acordava cedinho para poetizar. Não importava se o dia estava feio ou bonito, nada tirava a sua poesia, viver para ela já era uma singela poesia.
De todas as meninas que a amiga já havia conhecido neste mundo cheio de gente estranha, Juli era diferente porque falava em abraços, flores, ternura e justiça através da sua sábia poesia que ora era lagarta, ora borboleta. Uma poesia que metamorfoseiava-se no tempo onde as estações vestiam versos livres para passearem nos jardins, na neve, na ventania e no sol cheio de ciúmes da menina Juli, a poeta das belas aquarelas matinais.
Todos os dias, a menina Juli passou a dar de presente à sua amiga assustada poesias assinadas com um nome pequeno: Juli Lima.
Exercícios para o bom pensar.
1 - Por que é importante poetizar a vida?
2 - Como poetizamos a vida?
3 - O que faz você sentir vontade de poetizar?
4 - Como você se sente quando poetiza?
5 - Onde você planta as poesias das saudades, ausências e pedras?
Desenhe você poetizando a vida.
PS.: Esta homenagem foi publicada novamente porque a amiga assustada teve receio de que a menina Juli Lima não gostasse da outra homenagem e apagou a poesia. É preciso saber ser amigo para não se enraivar com certas coisas.
Era uma vez uma menina de cabelos cacheados que gostava de poetizar. Tudo virava poesia no seu doce olhar. Os rios, as montanhas, as dores, as dúvidas e até mesmo as perdas... a poesia morava na menina Juli.
Era uma menina irrequieta e adorava dizer aos amigos que os amavam. Não se cansava de dizer "eu te amo" para João, Maria e José. A menina Juli trazia gigantes dentro de si que espantavam a maldade para bem longe.
Tinha um recanto onde poetizava guardado no fundo do baú que despertava todas as manhãs cheio de vontade de ser poeta mais uma vez, a cada dia, o recanto renascia poeta dentro da menina Juli.
Sabia bem o que era ser amiga de verdade, e reconhecia os erros e acertos dos seus amigos tortos... sim porque existem amigos tortos, também. Eles são assim meio parecidos com um lápis com a ponta quebrada, não escrevem nada se você não fizer a ponta. Alguns lápis precisam de cuidados especiais, igual gente medrosa.
Um dia, a menina Juli conheceu uma amiga meio torta e assustada com os adultos. À ela deu amor, à ela disse um "eu te amo", à ela cativou e levou no bolso do seu coração lindo. A amiga teve medo daquele imenso amor, nunca foi amada antes, nunca conheceu alguém que mandasse poesias de presente para desconhecidos. A menina Juli poetizava a dor da sua amiga em letrinhas bailarinas.
A verdade é que a menina Juli sabia amar incondicionalmente e o mundo não estava mais acostumado aquele tipo de amor, muitas vezes a amiga assustou-se no seu bolso e quis fugir, noutras sentiu-se protegida e apesar de tantas decepções, ausências e saudades pôde sentir na alma o verdadeiro amor.
- Sabe, menina Juli, um dia eu vou virar uma poesia miudinha lá em cima... no céu... quem sabe serei uma estrelinha cadente para te levar a passeios por mundos distantes, disse a amiga.
A amiga da menina Juli mais parecia um embuá de tão encolhida que vivia, meio assustada com o seu riso à poesia. Mas, a menina Juli fez dela uma onça pintada tornando-a grande e brava. Pronta para defender-se das maldades alheias. A menina Juli só esqueceu de ensinar a amiga como não apagar as poesias que nasciam dentro dela, pois o mundo necessitava muito de poetas.
A doce menina Juli distribuía amor através da sua poesia. Gostava de beijar os amigos parecia uma beija-flor. Todos os dias, acordava cedinho para poetizar. Não importava se o dia estava feio ou bonito, nada tirava a sua poesia, viver para ela já era uma singela poesia.
De todas as meninas que a amiga já havia conhecido neste mundo cheio de gente estranha, Juli era diferente porque falava em abraços, flores, ternura e justiça através da sua sábia poesia que ora era lagarta, ora borboleta. Uma poesia que metamorfoseiava-se no tempo onde as estações vestiam versos livres para passearem nos jardins, na neve, na ventania e no sol cheio de ciúmes da menina Juli, a poeta das belas aquarelas matinais.
Todos os dias, a menina Juli passou a dar de presente à sua amiga assustada poesias assinadas com um nome pequeno: Juli Lima.
Exercícios para o bom pensar.
1 - Por que é importante poetizar a vida?
2 - Como poetizamos a vida?
3 - O que faz você sentir vontade de poetizar?
4 - Como você se sente quando poetiza?
5 - Onde você planta as poesias das saudades, ausências e pedras?
Desenhe você poetizando a vida.
PS.: Esta homenagem foi publicada novamente porque a amiga assustada teve receio de que a menina Juli Lima não gostasse da outra homenagem e apagou a poesia. É preciso saber ser amigo para não se enraivar com certas coisas.