Vovó Cema
Era uma vez uma vovó diferente das demais. Como assim? Há vovós diferentes? Vou lhes contar a história da vovó Cema e vocês me dirão no final se ela é diferente ou não das outras vovós.
Vovó Cema mantinha a sua casa arrumada. Tudo no lugar. Ninguém podia mexer nas suas coisinhas. Ninguém mesmo. Os netinhos sabiam disso. Na sua casa ficavam com as mãozinhas em cima da mesa. Para ela ver que eles não estavam mexendo em nada.
Se um netinho precisasse da vovó Cema no meio da madrugada, ela se levantava apressada e corria para ajudar. Dormia com o telefone dentro da rede, caso ele tocasse.
Vovó Cema gostava de plantas e cuidava de algumas no seu jardim florido. Tinha um pé de limão e outro de jabuticaba. Quando as lagartixas comiam as flores das suas plantas ela chorava, meio tristonha. Uma vez correu atrás de uma lagartixa como quem corre atrás de menino que faz travessuras.
Também armava ratoeiras para pegar um ou outro rato que teimavam em visitar a sua cozinha vez por outra. Era esperta demais a vovó Cema. Ela colocava um caroço de milho na despensa e se fosse roído era porque ali tinha um rato. Assim, logo preparava a ratoeira.
Quando comprava um quilograma de farinha na feira reclamava do peso que não vinha certo. Não tinha balança em casa, mas sabia do peso através da sua vasilha que nela cabia um quilograma exato. E quando não enchia a vasilha ia reclamar com o feirante.
Vovó Cema não tinha medo de nada. Dormia com uma vassoura embaixo da sua rede. Talvez para espantar o ladrão que nunca veio.
Quando ia ao supermercado fazer a feira do mês sempre comprava um despertador. Oxente! Outro despertador para quê? Não se sabe. Ela era apaixonada por despertadores. Quando eles alarmavam no meio da madrugada ela corria para tomar os seus remédios.
Comprava peixe na porta de casa a um rapazinho que um dia quis saber dela onde denunciar quem cria dragões em casa.
- Acho que à polícia ambiental. Não sei se é possível criar um dragão em casa. Tem meninos que criam.
Disse aquilo toda assustada, pois também criava um dragão em casa. E ele assistia ao jogo de futebol quando o rapazinho dos peixes chegou.
A vovó Cema falava com Deus a todo instante. Principalmente quando chovia muito e as goteiras caíam do seu velho telhado.
Não sabia costurar e nem tricotar casacos de lã, mas sabia como ninguém ler bulas de remédios. Entendia tudo o que elas diziam. Com isso ajudava os seus filhos e a vizinhança. Era o seu passatempo predileto ler bulas.
Esta é a história de uma vovó esperta. Ela é ou não diferente?
Era uma vez uma vovó diferente das demais. Como assim? Há vovós diferentes? Vou lhes contar a história da vovó Cema e vocês me dirão no final se ela é diferente ou não das outras vovós.
Vovó Cema mantinha a sua casa arrumada. Tudo no lugar. Ninguém podia mexer nas suas coisinhas. Ninguém mesmo. Os netinhos sabiam disso. Na sua casa ficavam com as mãozinhas em cima da mesa. Para ela ver que eles não estavam mexendo em nada.
Se um netinho precisasse da vovó Cema no meio da madrugada, ela se levantava apressada e corria para ajudar. Dormia com o telefone dentro da rede, caso ele tocasse.
Vovó Cema gostava de plantas e cuidava de algumas no seu jardim florido. Tinha um pé de limão e outro de jabuticaba. Quando as lagartixas comiam as flores das suas plantas ela chorava, meio tristonha. Uma vez correu atrás de uma lagartixa como quem corre atrás de menino que faz travessuras.
Também armava ratoeiras para pegar um ou outro rato que teimavam em visitar a sua cozinha vez por outra. Era esperta demais a vovó Cema. Ela colocava um caroço de milho na despensa e se fosse roído era porque ali tinha um rato. Assim, logo preparava a ratoeira.
Quando comprava um quilograma de farinha na feira reclamava do peso que não vinha certo. Não tinha balança em casa, mas sabia do peso através da sua vasilha que nela cabia um quilograma exato. E quando não enchia a vasilha ia reclamar com o feirante.
Vovó Cema não tinha medo de nada. Dormia com uma vassoura embaixo da sua rede. Talvez para espantar o ladrão que nunca veio.
Quando ia ao supermercado fazer a feira do mês sempre comprava um despertador. Oxente! Outro despertador para quê? Não se sabe. Ela era apaixonada por despertadores. Quando eles alarmavam no meio da madrugada ela corria para tomar os seus remédios.
Comprava peixe na porta de casa a um rapazinho que um dia quis saber dela onde denunciar quem cria dragões em casa.
- Acho que à polícia ambiental. Não sei se é possível criar um dragão em casa. Tem meninos que criam.
Disse aquilo toda assustada, pois também criava um dragão em casa. E ele assistia ao jogo de futebol quando o rapazinho dos peixes chegou.
A vovó Cema falava com Deus a todo instante. Principalmente quando chovia muito e as goteiras caíam do seu velho telhado.
Não sabia costurar e nem tricotar casacos de lã, mas sabia como ninguém ler bulas de remédios. Entendia tudo o que elas diziam. Com isso ajudava os seus filhos e a vizinhança. Era o seu passatempo predileto ler bulas.
Esta é a história de uma vovó esperta. Ela é ou não diferente?