O menino cadeirante
Existia em algum lugar do mundo e eu o conhecia um menino diferente de todos os outros. Nem sei bem se estou certa em dizer que ele é diferente, crianças. Talvez o mundo que seja diferente para ele.
O menino vivia em uma cadeira de rodas, mas não reclamava de não poder andar. Desde novinho ficou assim. Não culpava ninguém por não poder jogar futebol como os outros meninos; não culpava ninguém por não correr atrás das estrelas.
Só ficava triste mesmo quando precisava sair de casa. Os transportes coletivos não tinham acessibilidade e para poder entrar num deles, só nos braços de alguém.
O menino não gostava de depender das pessoas para ir a algum lugar, ele sabia que podia ser independente se as pessoas contribuíssem.
Um dia, ele sonhou morando num mundo onde todos andavam de cadeiras de rodas, as ruas não tinham calçadas altas, e havia elevadores nos cinemas. Na cidade dele, o único cinema só tinha escada. Nunca pôde assistir a um filme sozinho.
O menino sempre precisava que alguém empurasse a sua cadeira, que o levasse nos braços, que o ajudasse em alguma coisa. Ele achava aquilo horrível! Todo mundo tem o direito de levar uma vida bacana!
Andar pelas ruas da sua cidade também não era coisa legal. Eram cheias de buracos e a cadeira caía neles.
Também havia as pessoas esquisitas que ocupavam as vagas dos deficientes físicos nos estacionamentos dos shopping centers e o vovó precisava ficar rodando por horas para encontrar uma vaga.
A vida de uma criança com deficiência é muito dura, pensava o menino. Mas, quando estava com o seu gato no colo tudo ficava doce, alegre e lindo.
Acho que descobri por que o menino é diferente. Ele corre todas as noites nos seus sonhos atrás dos patos da sua casa. Acho que é isso que o faz diferente.
Existia em algum lugar do mundo e eu o conhecia um menino diferente de todos os outros. Nem sei bem se estou certa em dizer que ele é diferente, crianças. Talvez o mundo que seja diferente para ele.
O menino vivia em uma cadeira de rodas, mas não reclamava de não poder andar. Desde novinho ficou assim. Não culpava ninguém por não poder jogar futebol como os outros meninos; não culpava ninguém por não correr atrás das estrelas.
Só ficava triste mesmo quando precisava sair de casa. Os transportes coletivos não tinham acessibilidade e para poder entrar num deles, só nos braços de alguém.
O menino não gostava de depender das pessoas para ir a algum lugar, ele sabia que podia ser independente se as pessoas contribuíssem.
Um dia, ele sonhou morando num mundo onde todos andavam de cadeiras de rodas, as ruas não tinham calçadas altas, e havia elevadores nos cinemas. Na cidade dele, o único cinema só tinha escada. Nunca pôde assistir a um filme sozinho.
O menino sempre precisava que alguém empurasse a sua cadeira, que o levasse nos braços, que o ajudasse em alguma coisa. Ele achava aquilo horrível! Todo mundo tem o direito de levar uma vida bacana!
Andar pelas ruas da sua cidade também não era coisa legal. Eram cheias de buracos e a cadeira caía neles.
Também havia as pessoas esquisitas que ocupavam as vagas dos deficientes físicos nos estacionamentos dos shopping centers e o vovó precisava ficar rodando por horas para encontrar uma vaga.
A vida de uma criança com deficiência é muito dura, pensava o menino. Mas, quando estava com o seu gato no colo tudo ficava doce, alegre e lindo.
Acho que descobri por que o menino é diferente. Ele corre todas as noites nos seus sonhos atrás dos patos da sua casa. Acho que é isso que o faz diferente.