Mamãe e a máquina de lavar roupas
À mamãe, com carinho.
Ela vivia sonhando com aquele presente, e no dia que recebeu quase morreu de tanta alegria, iniciou um soluço que só veio parar às tantas horas da madrugada. Fiquei tão assustada que pensei que ela fosse morrer, mas era só emoção, disse meu irmão mais velho. Finalmente, mamãe ganhara uma máquina de lavar roupas. Não era nova, mas já iria tirá-la do velho tanque de cimento.
O mais engraçado dessa história é que mamãe levou cerca de dois meses para usar a máquina, pois nos primeiros dias deliciava-se em apreciá-la. No dia em que resolveu ligá-la vestiu até vestido novo, parecia que ia passear. Só faltava ela dá nome aquela máquina. De repente, chego em casa, certo dia, tá lá mamãe sentada numa cadeira de frente à máquina de lavar roupas com a cara bem tristonha. Perguntei o que estava acontecendo, e ela me disse que a máquina não funcionava. Foi só girar o botão para o lado correto, e pronto. A roupa estava sendo lavada pela máquina. Eu vi mamãe sorrir como uma criança ao ver seu trenzinho elétrico andar nos trilhos pela primeira vez.
Mas, mamãe começou a se aborrecer com a máquina, e as duas travaram uma batalha tremenda. De um lado mamãe dizia que a máquina não estava funcionando bem ou então não lavava a roupa direito. Chamamos um técnico; depois de mexer pra lá e pra cá o homenzinho disse que tudo estava em ordem. Só que mamãe continuava sem saber usar os botões, e vez por outra ela desligava a máquina no meio da lavagem. Era a maior confusão. O pobre do técnico foi chamado três vezes, pois ela insistia que tinha um defeito na máquina. Foi difícil convencê-la de que aquele modelo trabalhava diferente das que ela conhecia, era mais moderna.
Todos os dias quando chegava em casa, via mamãe sentada de frente a máquina. Aquela cena já era comum, eu nem ligava mais. A panela do feijão queimava, o telefone tocava, tocava e ela não estava nem aí. Só queria saber da sua máquina. Aos poucos as duas foram fazendo as pazes, e graças a Deus vi mamãe sair daquela cadeira.
Como se não bastasse mamãe ficar sentada esperando a roupa ser lavada, ainda tinha o meu cachorro para acompanhá-la. Ai, eu juro que aquela situação parecia irônica demais. Um dia a máquina parou. Mamãe ficou desesperada, depois de mexer em tudo quanto era botão ela percebeu que tinha faltado energia. Peguei há alguns dias mamãe no tanque de lavar roupas, e fiquei sem entender aquela cena; cuidou logo de me explicar que estava dando um descanso a máquina. Assim seguiram-se os dias de mamãe com a sua máquina de lavar.
O mais engraçado dessa história é que mamãe levou cerca de dois meses para usar a máquina, pois nos primeiros dias deliciava-se em apreciá-la. No dia em que resolveu ligá-la vestiu até vestido novo, parecia que ia passear. Só faltava ela dá nome aquela máquina. De repente, chego em casa, certo dia, tá lá mamãe sentada numa cadeira de frente à máquina de lavar roupas com a cara bem tristonha. Perguntei o que estava acontecendo, e ela me disse que a máquina não funcionava. Foi só girar o botão para o lado correto, e pronto. A roupa estava sendo lavada pela máquina. Eu vi mamãe sorrir como uma criança ao ver seu trenzinho elétrico andar nos trilhos pela primeira vez.
Mas, mamãe começou a se aborrecer com a máquina, e as duas travaram uma batalha tremenda. De um lado mamãe dizia que a máquina não estava funcionando bem ou então não lavava a roupa direito. Chamamos um técnico; depois de mexer pra lá e pra cá o homenzinho disse que tudo estava em ordem. Só que mamãe continuava sem saber usar os botões, e vez por outra ela desligava a máquina no meio da lavagem. Era a maior confusão. O pobre do técnico foi chamado três vezes, pois ela insistia que tinha um defeito na máquina. Foi difícil convencê-la de que aquele modelo trabalhava diferente das que ela conhecia, era mais moderna.
Todos os dias quando chegava em casa, via mamãe sentada de frente a máquina. Aquela cena já era comum, eu nem ligava mais. A panela do feijão queimava, o telefone tocava, tocava e ela não estava nem aí. Só queria saber da sua máquina. Aos poucos as duas foram fazendo as pazes, e graças a Deus vi mamãe sair daquela cadeira.
Como se não bastasse mamãe ficar sentada esperando a roupa ser lavada, ainda tinha o meu cachorro para acompanhá-la. Ai, eu juro que aquela situação parecia irônica demais. Um dia a máquina parou. Mamãe ficou desesperada, depois de mexer em tudo quanto era botão ela percebeu que tinha faltado energia. Peguei há alguns dias mamãe no tanque de lavar roupas, e fiquei sem entender aquela cena; cuidou logo de me explicar que estava dando um descanso a máquina. Assim seguiram-se os dias de mamãe com a sua máquina de lavar.