Quem quer ir na praça ( 6 )
Hoje amanheci choroso por fazer bem uns quize dias que nào faço e nem ouço a simples e linda pergunta: "Quem quer ir na praça?", devido a pandemia que invisivelmente se alastrou de modo repentino e assustador. Não que seja proibido ir mas por uma questáo social de respeito, solidariedade e consciéncia.
Então resolvi olhar a praça da janela e observei o quanto ela é amada e bela: sua quadra poliesportiva, seus poucos bancos e gangorras, suas palmeiras e luminárias e seu silêncio imudecedor.Vendo aquela praça sem pessoas foi tão sem graça que chorei...chorei lembrando das sextas, sábados e domingos que íamos comprar pipocas, hot dog e no pula-pula, no tobogan e no churrasquinho de gato, no açaí e bata frita.Como o mundo dá voltas eu pensei, uma coisa tão simples fazer tanta falta.
Mesmo assim o sorriso das crianças é um alívio pra todas as dores desse mundo e vendo-as tão inocentes como são tudo passa.Ainda bem que temos esse mundo onírico a nos envolver porque se não fossem elas entrariamos em colapsos com nossas doutrinas e concepções, nossos vícios e incertezas, nossas mazelas e pensamentos tortos.
Espiei a folhinha de calendário, 12 de abril, domingo de páscoa e, quiz aproveitar o momento não para perguntar quem quer ir na praça mas para pedir bençãos e desejar a todos em comunhão, saúde, paz e cada vez mais união e uma feliz páscoa. Que toda essa fase de transição nos deixe mais fortes do que somos e que todas as praças possam brevemente se encher de pessoas, de pais e filhos, avós e netos, num imenso encontro de afetos e alegrias.