A menina e o dragão
Rosângela Trajano
A menina e o dragão
Era uma menina muito silenciosa. Gostava de ficar quietinha embaixo da mesa, meio que assustada.
A família toda reclamava e dizia:
– Vá brincar com a sua prima!
– Vá brincar com os coleguinhas da rua!
Ela não queria saber de brincar, não que não gostasse, não era isso, aquela menina tinha um problema enorme para resolver.
A menina não sabia o que fazer com aquele dragão que começou a aparecer para ela de uma hora para outra.
Para onde a menina ia o dragão ia atrás. Não a deixava em paz. Às vezes ele parecia que ia agarrá-la, noutras parecia vigiá-la o tempo inteiro.
A menina vivia atordoada com aquele dragão. Era bravo, pois soltava fogo pelo nariz. Ela tinha muito medo dele.
– Papai, tem um dragão nesta sala?
– Não que eu esteja vendo, filha.
– É um dragão bem grande! Você não está vendo mesmo?
– Ora, ora, filha, não tem dragão nenhum aqui. Ele está na sua cabecinha. Vá dormir e esqueça esse dragão.
Era sempre assim que seus pais diziam para ela. Mas uma vez perguntou ao vô sobre o tal dragão:
– Vô, o que a gente faz com um dragão bravo?
– Huuummm! Deixe-me pensar!
– Pense logo, vô! O dragão agora decidiu me engolir!
– Dome o dragão! Seja a domadora dele.
– Como faço para domar um dragão?
– Igual aos domadores fazem com os bichos ferozes. Ensine ao dragão obedecer a você.
Então, a menina leu sobre domadores de animais e achou aquilo o maior barato.
Passados alguns dias todos ouviam a menina dizer:
– Sente-se!
– Vá dormir!
– Fique quieto!
– Não mexa aí!
Assim, a menina domou o dragão que passou a obedecer todas as suas ordens e deixou de fazer-lhe medo.
O dragão ficou mansinho de uma hora para outra, e a menina nunca mais teve medo de bicho nenhum.
Rosângela Trajano
A menina e o dragão
Era uma menina muito silenciosa. Gostava de ficar quietinha embaixo da mesa, meio que assustada.
A família toda reclamava e dizia:
– Vá brincar com a sua prima!
– Vá brincar com os coleguinhas da rua!
Ela não queria saber de brincar, não que não gostasse, não era isso, aquela menina tinha um problema enorme para resolver.
A menina não sabia o que fazer com aquele dragão que começou a aparecer para ela de uma hora para outra.
Para onde a menina ia o dragão ia atrás. Não a deixava em paz. Às vezes ele parecia que ia agarrá-la, noutras parecia vigiá-la o tempo inteiro.
A menina vivia atordoada com aquele dragão. Era bravo, pois soltava fogo pelo nariz. Ela tinha muito medo dele.
– Papai, tem um dragão nesta sala?
– Não que eu esteja vendo, filha.
– É um dragão bem grande! Você não está vendo mesmo?
– Ora, ora, filha, não tem dragão nenhum aqui. Ele está na sua cabecinha. Vá dormir e esqueça esse dragão.
Era sempre assim que seus pais diziam para ela. Mas uma vez perguntou ao vô sobre o tal dragão:
– Vô, o que a gente faz com um dragão bravo?
– Huuummm! Deixe-me pensar!
– Pense logo, vô! O dragão agora decidiu me engolir!
– Dome o dragão! Seja a domadora dele.
– Como faço para domar um dragão?
– Igual aos domadores fazem com os bichos ferozes. Ensine ao dragão obedecer a você.
Então, a menina leu sobre domadores de animais e achou aquilo o maior barato.
Passados alguns dias todos ouviam a menina dizer:
– Sente-se!
– Vá dormir!
– Fique quieto!
– Não mexa aí!
Assim, a menina domou o dragão que passou a obedecer todas as suas ordens e deixou de fazer-lhe medo.
O dragão ficou mansinho de uma hora para outra, e a menina nunca mais teve medo de bicho nenhum.