O menino, o camundongo, à cobra, e o falcão.
"À natureza era predominante, soberba, majestosamente rica,
tanto na beleza, como no conteúdo, eu amava e a sentia viva."
Brincando sozinho, na parte nais arborizada da chácara, entre
cipós e árvores, o menino escutou um som estranho, parecia
um grito de algum pequeno animal. Ele começou a procurar de
onde vinha aquele som. Abrindo espaço nas folhagens, entrando
no meio da mata o som já mais forte, e no meio de uma clareira
ele viu o pequeno roedor, um camundongo guinchando, como
que pedindo ajuda, para que alguém o salvasse. Todo imóvel
querendo sair, fugir, mas não podia, era à presa de uma cobra,
que parecia hipnotiza-lo, ele tentava se mexer, mas não
conseguia, e ela se aproximava lentamente cada vez mais, e o
roedor guinchava desesperado, sem entender que já fora
picado por ela, e o efeito do veneno em seu corpo era
paralisante, à cobra esperava sua morte para poder devora-lo.
Sem saber deste processo natural, o menino preocupado com
à vida do roedor, espanta à cobra fazendo barulho, rapidamente
ela some no mato, e antes de dar conta do ocorrido, o menino
vê o voo rasante do falcão, com grande destreza capturando o
pequeno roedor com suas garras. E à bela ave alada, seguiu seu
voo carregando o que provavelmente será a refeição de seu
filhote. O menino ainda escuta o crocitar da vitória do falcão.