Também o gato
Nas folhas secas, ainda havia algumas gotas do orvalho da madrugada. O sol estava naquela manhã escondido por trás de umas nuvens cinzentas, de modo que o seu brilho era apenas passageiro no chão.
Também o gato, deitado na varanda, fundia-se com os pés da cadeira de balanço. “Ah, que hoje vou é ficar quieto por aqui!”
Havia, entretanto, sinais dentro da casa, numa mistura de cheiro de café e vozes e conhecidas.
Miau-miau o gato
Quer também o desjejum -
Eis, um novo fato
Os aromas eram tantos e o gato se esfregando nas pernas das pessoas, que mais do que qualquer boa conversa, o menino sentiu euforia foi pela presença do bichano – Vejam, meu gato! Ele quer tomar o leite no prato!
E ficou ali perto do menino, esperando que este fosse lhe dar comida. Ah, na enorme cozinha havia gente demais esperando pelo café! Se um diz que gosta de cuscuz, outro também que quer. E o pequenino gato miou outra vez... e outra.
“Ô gato manhoso: fofinho, macio, esfregando-se nas minhas pernas...!”
E ao miar, erguia o rabo para se afirmar.
A dona da casa, num grito zangado, colocando a leiteira nas mãos do menino, pediu que este alimentasse logo o gato.
Mas antes de sair de perto do menino, ela fez uma observação:
_ Nesta casa, todos querem ser atendidos por primeiro, até o gato!
Desse modo, o menino sentou perto do gato e falou com clareza “Quero esclarecer que você está protegido, mas que saiba esperar sua vez! Não precisa me imitar e querer sua comida rapidamente”.
Ora, o gato era cheio de vivacidade! Quando o menino julgou que mantinha uma conversa com ele, não havia mais nem indícios do leite no prato. O interessante é que todos sorriram – “É preciso, João, brincar mais com seu gato!”
Antes do jantar –
Um menino corre na sala
E também o gato
E a mãe ficou feliz vendo o filho brincar com o gato, mas assim mesmo reclamou que não se corre dentro de casa e exigiu que parassem (mas ela tinha um sorriso no rosto) e vissem jantar.