MARINA E A JOANINHA
Maria de Fatima Delfina de Moraes
Marina encantou-se com as flores do jardim.
Entre elas, seu olhar castanho e seus cabelos negros reluziam sob o sol.
Amuada por alguma coisa, espalhava as pequeninas mãos, como que tivesse perdido algo no jardim.
Carinha sisuda para seus quatro anos de idade.
E de repente, estende as mãozinhas e dá um largo sorriso de quem encontrou o que procurava.
E eis que na margarida cor de leite, mais distante, foi pousar a joaninha.
Tentou alcançá-la, mas ao debruçar-se sobre o canteiro, foi ao chão.
Corre para a mãe e em prantos, aponta o joelho machucado.
Ainda assim, entre soluços e lágrimas, pede:
- Pega a ”borleta” pra mim, pega!
Todos correm ao jardim, fingindo tentar alcançar a pobre joaninha, que até de borboleta foi chamada por Marina.
A mãe tentando consolar a menina exclama:
- Voou! Foi pra longe! Estava perdida. Foi procurar a mamãe dela.
E a menina desolada, pergunta:
- Amanhã você dá mamãe, uma “borleta” pra mim?
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