ERA UMA VEZ DE NOVO
Era uma vez uma linda Joaninha, que habitava em uma floresta muito distante, lá até os animais falavam... Ela vivia à procura de uma amiguinha, voando de galho em galho, a cantarolar sua suave musiquinha...
“Voo pra lá e voo pra cá...
Sou Joaninha e vivo a cantar
Quero encontrar uma amiguinha
Para comigo poder brincar,
Voo pra lá e voo pra cá...”
A faceira Joaninha vestia um deslumbrante vestido vermelho, com bolinhas pretas, que realçavam de dia ou de noite, por baixo da sua roupagem se escondiam duas asinhas resistentes, prontas para alçarem voo. Pois sabe-se que (as joaninhas são insetos pequenos e coloridos, muito admirados por sua beleza e, em muitas culturas, símbolos de boa sorte e fartura). A bela Joaninha era forte e saudável, pois gostava de comer bastante: as moscas das frutas, os piolhos das folhas e outros tipos de insetos, pois ela queria ter muita força para voar, voar alto na companhia do vento. A Joaninha, diariamente, se banhava nas gotículas de água que se acumulavam em cima das folhas, pois era bastante vaidosa. Ela gostava de contemplar as abelhas sugando o néctar das flores, ao alvorecer. Às vezes ficava triste, pois não conseguia encontrar uma amiguinha para com ela poder brincar.
Mas um dia, a Joaninha resolveu viajar e, procurar uma amiguinha em outros lugares distantes. Ela era muito persistente e, queria a todo custo encontrar uma amiguinha... Voou e voou, alçando voo muito alto, pois queria olhar o mundo de cima das nuvens. De repente avistou, de longe, um magnífico jardim, com diferentes espécies de flores: Rosas, Margaridas, Girassóis, Cravos e Jasmins, que davam um colorido especial ao cenário; no centro do jardim existia um pequeno lago, com uma fonte, onde lá habitavam diferentes tipos de peixinhos coloridos... Ah, era um local agradável e muito acolhedor! A esperta Joaninha logo pensou: “Vou passar alguns dias neste jardim e, quem sabe, aqui, eu encontre uma amiguinha para comigo brincar.” Voou até o jardim e logo, acomodou-se em cima, das pétalas, das Margaridas, ficando lá descansando da longa viagem. Foi despertada por um canto sofrido e estridente, que lhe doía até os tímpanos, sonolenta não conseguia identificar quem o cantava. Levantou-se e avistou de longe, um animalzinho em cima de um galho de roseira. E tranquilamente se aproximou e foi logo perguntando:
- Olá, quem é você?
- Sou uma Cigarra. O animalzinho responde, com precisão.
A tagarela Joaninha não parava de falar:
- Uau! Você sabe cantar dona Cigarra. Seu canto é belo, mas muito triste.
- Não é triste, é minha natureza cantar assim. Respondeu-lhe a Cigarra.
A Cigarra olhou a Joaninha de cima a baixo e, continuou falando:
- Joaninha, o que você veio fazer tão longe de seu habitat natural?
- Eu quero encontrar uma amiguinha, para comigo brincar. Disse-lhe a Joaninha entristecida.
Ela continuou falando:
- Eu tenho uma suave melodia; você pode cantar para todos ouvirem?
- Posso sim! Mas gostaria de passar-lhe uma mensagem: “Saiba que amiguinha não se acha, se conquista.” Disse-lhe a Cigarra, com ar de erudita.
A joaninha ficou pensativa e, começou a cantar sua suave melodia para Cigarra ouvir:
“Voo pra lá e voo pra cá...
Sou Joaninha e vivo a cantar
Quero encontrar uma amiguinha
Para comigo poder brincar,
Voo pra lá e voo pra cá...”
A Cigarra ficou fascinada com aquela bela e suave canção. Ela prometeu a Joaninha que iria cantar bem alto, para que todos pudessem ouvi-la. E assim fez, cantou e cantou, o mais alto que podia suportar, para que todos escutassem, em forma de versos cantados, o pedido de amizade da Joaninha, que ficou ali, bem quietinha, vendo-a cantar. Após algumas horas de cantoria, uma outra Joaninha que morava próximo dali, foi atraída pela música irresistível que a Cigarra cantava e, voo até aquele jardim para escutar, de perto, a mais admirável das canções, pois o som até parecia uma orquestra sinfônica. A Joaninha visitante, muito faceira, vestia um esplêndido vestido amarelo de bolinhas pretas, logo aproximou-se. Ela tinha um semblante plácido, pois estava inebriada pelo ritmo da música, nem viu que ali estava outra Joaninha. A cigarra percebendo que havia duas Joaninhas, imediatamente parou de cantar e, foi logo dizendo:
- Uau, vocês são duas, se tornem amiguinhas!
Ouvindo o que a Cigarra falava. As duas Joaninhas deram as mãos e voaram felizes a cantarolar.
“Voamos pra lá e voamos pra cá
Duas Joaninhas a cantarolar
Agora já somos amiguinhas
Estamos felizes e vamos brincar,
Voamos pra lá e voamos pra cá...”
Era uma vez de novo...
Elisabete Leite – 1/04/2018
(A produção foi realizada, em sala de aula, com a interação dos estudantes dos 3º,4º e 5º anos do Ensino Fundamental I)