A ROLINHA DE DUAS CABEÇAS
José de Jesus, tinha 10 anos, era um menino muito corajoso e vivia na zona rural, no agreste nordestino, do Ceará.
Seus pais, eram muito religiosos, devotos de Padre Cícero e aos finais de semana, íam à pé, para a missa, numa pequena Igreja da cidade, alí no Sertão.
José, trabalhava na roça, com o pai, mas também se divertia, caçando pássaros, com seu estilingue, sua arma, que, estava sempre pendurada no pescoço. Ele, também armava arapuca e lacinhos, para capturar aves maiores.
Tinha certos dias, que o seu almoço, ou jantar com sua família, era apenas arroz, feijão ou sopa. Eles criavam cabras, para produzirem o leite para a família.
A seca castigava a todos, alí na região.
Água então, somente de poço ou açude e eles tinham que buscar longe.
A vida de José e sua família, alí, era muito difícil.
Alguns fatos interessantes:
Certo dia, José vinha de um açude, descalço, com suas irmãs, carregando água nas costas, em um tambor, pisou em uma cobra, foi ofendido e então, levado às pressas, para um Posto de Saúde da Cidade.
José, ficou entre a vida e a morte.
Certa vez, o pai de José, avisou ele, para não matar os passarinhos, principalmente a Rolinha e o João de Barro, durante a Semana Santa. Isso, seria um pecado mortal.
Mas, em uma Sexta feira Santa ou da paixão, durante a tarde, enquanto seu pai foi para a cidade, José saiu com o seu estilingue no pescoço, pela Caatinga. Andou, andou e lá encontrou um outro menino que caçava.
José perguntou: como é seu nome?
O menino respondeu: sou o Di
José pergunta novamente: Di de que?
O menino ficou calado e José disse: meu nome é José Severino de Jesus.
José continuou: você matou algum passarinho?
O menino disse: sim. eu matei cinco passarinhos e um lagarto.
José disse: Eu não posso matar, pois meu pai disse que é pecado, matar passarinhos e bichos, na Sexta feira da paixão.
Mas o menino Di, insistiu com José e disse:
pode matar sim, até Rolinhas e João de barro.
Naquele instante, duas rolinhas sentaram num galho de árvore baixa, bem pertinho deles. O Di, apontou seu estilingue para elas e atirou a pedra, que acertou uma e ela caiu no chão seco.
O menino disse a José: vai lá e pega pra mim.
Então, José, tão inocente e humilde, foi pegar a rolinha, já morta.
Assustado, José gritou: é uma rolinha de duas cabeças...
Então, José saiu correndo de medo e quando olhou para trás, o menino tinha desaparecido.
José, chegando no Casebre, disse à sua mãe que um menino, que chamava Di, matou uma rolinha e ela tinha duas cabeças.
Mãe... disse José: eu fiquei com muito medo, depois, o menino sumiu e eu não vi ele mais.
Sua mãe respondeu: Filho, o Diabo se faz passar por tudo, até por gente.
O menino, nunca mais caçou sozinho pela caatinha.
José de Jesus, tinha 10 anos, era um menino muito corajoso e vivia na zona rural, no agreste nordestino, do Ceará.
Seus pais, eram muito religiosos, devotos de Padre Cícero e aos finais de semana, íam à pé, para a missa, numa pequena Igreja da cidade, alí no Sertão.
José, trabalhava na roça, com o pai, mas também se divertia, caçando pássaros, com seu estilingue, sua arma, que, estava sempre pendurada no pescoço. Ele, também armava arapuca e lacinhos, para capturar aves maiores.
Tinha certos dias, que o seu almoço, ou jantar com sua família, era apenas arroz, feijão ou sopa. Eles criavam cabras, para produzirem o leite para a família.
A seca castigava a todos, alí na região.
Água então, somente de poço ou açude e eles tinham que buscar longe.
A vida de José e sua família, alí, era muito difícil.
Alguns fatos interessantes:
Certo dia, José vinha de um açude, descalço, com suas irmãs, carregando água nas costas, em um tambor, pisou em uma cobra, foi ofendido e então, levado às pressas, para um Posto de Saúde da Cidade.
José, ficou entre a vida e a morte.
Certa vez, o pai de José, avisou ele, para não matar os passarinhos, principalmente a Rolinha e o João de Barro, durante a Semana Santa. Isso, seria um pecado mortal.
Mas, em uma Sexta feira Santa ou da paixão, durante a tarde, enquanto seu pai foi para a cidade, José saiu com o seu estilingue no pescoço, pela Caatinga. Andou, andou e lá encontrou um outro menino que caçava.
José perguntou: como é seu nome?
O menino respondeu: sou o Di
José pergunta novamente: Di de que?
O menino ficou calado e José disse: meu nome é José Severino de Jesus.
José continuou: você matou algum passarinho?
O menino disse: sim. eu matei cinco passarinhos e um lagarto.
José disse: Eu não posso matar, pois meu pai disse que é pecado, matar passarinhos e bichos, na Sexta feira da paixão.
Mas o menino Di, insistiu com José e disse:
pode matar sim, até Rolinhas e João de barro.
Naquele instante, duas rolinhas sentaram num galho de árvore baixa, bem pertinho deles. O Di, apontou seu estilingue para elas e atirou a pedra, que acertou uma e ela caiu no chão seco.
O menino disse a José: vai lá e pega pra mim.
Então, José, tão inocente e humilde, foi pegar a rolinha, já morta.
Assustado, José gritou: é uma rolinha de duas cabeças...
Então, José saiu correndo de medo e quando olhou para trás, o menino tinha desaparecido.
José, chegando no Casebre, disse à sua mãe que um menino, que chamava Di, matou uma rolinha e ela tinha duas cabeças.
Mãe... disse José: eu fiquei com muito medo, depois, o menino sumiu e eu não vi ele mais.
Sua mãe respondeu: Filho, o Diabo se faz passar por tudo, até por gente.
O menino, nunca mais caçou sozinho pela caatinha.