O vendedor de ossos
Quando se sai da zona rural e vai morar na cidade, tudo é muito diferente, um mundo desconhecido. Na roça, temos tudo de graça, claro, se você trabalhar. Temos a água, a terra para plantar e criar animais e também os frutos silvestres.
Na década de 60, já com 9 anos, fui morar com meus avós paternos, na cidade de Pires do Rio, Goiás, para iniciar os meus estudos. Meu avô e minha avó, me receberam com muito carinho e logo comecei a estudar no Grupo Escolar Martins Borges, uma escola pública.
Eu ganhei uma lancheira de plástico, onde eu levava meu suco e meu lanche. Acostumado a andar descalço, sem camisa, na roça, eu passei a usar tênis, uniforme e material escolar. Dormia, em um quarto lindo e limpo e meu avô me acordava às seis da manhã, para buscar o pão quentinho, de cada dia.
Tomava o café da manhã com meus avós, fazia as tarefas de casa, Almoçava e depois ia para a escola.
Logo, meu pai e minha mãe vieram morar na cidade, com meus irmãos. Fui morar com eles e aí a coisa ficou feia, pois éramos quatro bocas para comer e beber.
Morávamos em um barracão, cedido pelo meu avô materno, qual também morava do lado.
Meu pai, começou a transportar leite in natura, da Fazenda do meu avô e outros produtores, para um Laticínio, de Pires do Rio.
Eu estudava à tarde, então, ia com meu pai, de madrugada, tirávamos o leite, pegava mais leite e voltávamos para a cidade de dez a onze horas da manhã. Eu tomava um banho e ia para o Grupo Escolar, estudar até as cinco horas da tarde.
Como na Fazenda do meu avô, tinha muita sucata de ferro, jogada fora e ossos de gado morto, para todos os lados, então, um dia eu pensei: Vou vender essas coisas da roça, na cidade.
Pedi ao meu pai, para ir com ele, aos finais de semana na Fazenda e trazer as coisas para vender.
Eu vendia as sucatas de ferro, nas serralherias. Os ossos, na Fábrica de pó de osso e também, vendia laranjas nas frutarias.
Eu sempre tinha um dinheirinho para comprar as coisas na cidade e até ajudava nas compras da casa.
Logo, acabaram as sucatas, as vacas morriam menos e as laranjeiras não tinham mais laranjas.
Então, comecei a trabalhar, na parte da manhã, inicialmente, em açougues, depois, bares, armazéns e sorveterias.
COMO DIZ O DITADO: A NECESSIDADE FAZ A PRECISÃO.
Quando se sai da zona rural e vai morar na cidade, tudo é muito diferente, um mundo desconhecido. Na roça, temos tudo de graça, claro, se você trabalhar. Temos a água, a terra para plantar e criar animais e também os frutos silvestres.
Na década de 60, já com 9 anos, fui morar com meus avós paternos, na cidade de Pires do Rio, Goiás, para iniciar os meus estudos. Meu avô e minha avó, me receberam com muito carinho e logo comecei a estudar no Grupo Escolar Martins Borges, uma escola pública.
Eu ganhei uma lancheira de plástico, onde eu levava meu suco e meu lanche. Acostumado a andar descalço, sem camisa, na roça, eu passei a usar tênis, uniforme e material escolar. Dormia, em um quarto lindo e limpo e meu avô me acordava às seis da manhã, para buscar o pão quentinho, de cada dia.
Tomava o café da manhã com meus avós, fazia as tarefas de casa, Almoçava e depois ia para a escola.
Logo, meu pai e minha mãe vieram morar na cidade, com meus irmãos. Fui morar com eles e aí a coisa ficou feia, pois éramos quatro bocas para comer e beber.
Morávamos em um barracão, cedido pelo meu avô materno, qual também morava do lado.
Meu pai, começou a transportar leite in natura, da Fazenda do meu avô e outros produtores, para um Laticínio, de Pires do Rio.
Eu estudava à tarde, então, ia com meu pai, de madrugada, tirávamos o leite, pegava mais leite e voltávamos para a cidade de dez a onze horas da manhã. Eu tomava um banho e ia para o Grupo Escolar, estudar até as cinco horas da tarde.
Como na Fazenda do meu avô, tinha muita sucata de ferro, jogada fora e ossos de gado morto, para todos os lados, então, um dia eu pensei: Vou vender essas coisas da roça, na cidade.
Pedi ao meu pai, para ir com ele, aos finais de semana na Fazenda e trazer as coisas para vender.
Eu vendia as sucatas de ferro, nas serralherias. Os ossos, na Fábrica de pó de osso e também, vendia laranjas nas frutarias.
Eu sempre tinha um dinheirinho para comprar as coisas na cidade e até ajudava nas compras da casa.
Logo, acabaram as sucatas, as vacas morriam menos e as laranjeiras não tinham mais laranjas.
Então, comecei a trabalhar, na parte da manhã, inicialmente, em açougues, depois, bares, armazéns e sorveterias.
COMO DIZ O DITADO: A NECESSIDADE FAZ A PRECISÃO.