O lobo
Maria, era uma menina de cinco anos, filha única, que vivia com o pai, numa pequena cidade do interior de Goiás.
A menina, havia perdido sua mãe, recentemente, em um acidente de carro, enquanto eles viajavam de férias.
Certa noite, ela perdeu o sono, num quarto frio de inverno, mesmo depois que seu pai colocou o cobertor sobre ela.
Estava meio traumatizada e nesse caso, seu pai, deveria alegrá-la, contando alguma estória.
Então ele, pensou: vou contar uma estorinha e enquanto ela ouve, logo pega no sono.
Escuta filha:
Certa noite, lá na roça, eu, meu pai, minha mãe, três irmãos e quatro irmãs, estávamos dormindo e tínhamos que acordar cedo, para tirar leite das vacas, no curral. Inclusive, eu buscava os animais, de madrugada, molhando no sereno do capim, qual tinha minha altura.
Então, naquela noite de lua cheia, escutamos um Lôbo uivando, do outro lado do córrego, dentro do mato.
O galo não cantou, o nosso cachorro só latiu uma vez e as galinhas estavam dormindo no puleiro.
Havia galinhas solteiras, os frangos e as frangas, patos e patas, quais dormiam nos pés de jabuticaba. E as galinhas com pintinhos, as patas com patinhos, dormiam num cercado.
Já tarde da noite, escutamos os porcos e as aves, um pouco agitados, principalmente as angolas.
Maria interrompeu: Papai. O que é angola?
Eu disse: é uma galinha pintada, que veio lá de Angola, na África.
Eu e meus irmãos, já com muito medo, ficamos deitados e quietos.
Escutei o meu pai, dizer para minha mãe, que tava preocupado. Então, ele pegou sua lanterna, depois acendeu a lamparina e disse:
Fique aí deitada, que vou lá no quintal, ver o que tá acontecendo.
Maria, muito interessada, me interrompe de novo:
Papai, o que é Lamparina? Eu disse: É uma latinha com um cordão, molhado de querosene, que a gente acendia a luz.
Continuando:
Meu pai, pegou sua espingarda, abriu a porta da cozinha e saiu no escuro para o quintal.
Logo escutamos, o primeiro tiro, o segundo e nosso cachorro latindo, então pensamos: ou o bicho morreu ou correu com a bunda queimada, pois meu pai era bom no tiro.
Quase uma hora depois, meu pai retornou e todos perguntaram de uma vez:
Paiiiiiii, o que aconteceu?
Ele disse: quando cheguei debaixo do galinheiro, vi no chão os rastos de um lobo e muitas penas de galinhas, espalhadas. Então, dei dois tiros para cima, tentando assustar o bicho, que provavelmente já devia ter atravessado o córrego, com a galinha na boca, direto para o mato.
Nós falamos: que bicho esperto hen pai!
Ele disse: agora vamos dormir. Temos que acordar bem cedo.
Quando olhei nos olhos de Maria, ela já estava dormindo.
Eu disse: durma com Deus e os anjos, minha filha.
Maria, era uma menina de cinco anos, filha única, que vivia com o pai, numa pequena cidade do interior de Goiás.
A menina, havia perdido sua mãe, recentemente, em um acidente de carro, enquanto eles viajavam de férias.
Certa noite, ela perdeu o sono, num quarto frio de inverno, mesmo depois que seu pai colocou o cobertor sobre ela.
Estava meio traumatizada e nesse caso, seu pai, deveria alegrá-la, contando alguma estória.
Então ele, pensou: vou contar uma estorinha e enquanto ela ouve, logo pega no sono.
Escuta filha:
Certa noite, lá na roça, eu, meu pai, minha mãe, três irmãos e quatro irmãs, estávamos dormindo e tínhamos que acordar cedo, para tirar leite das vacas, no curral. Inclusive, eu buscava os animais, de madrugada, molhando no sereno do capim, qual tinha minha altura.
Então, naquela noite de lua cheia, escutamos um Lôbo uivando, do outro lado do córrego, dentro do mato.
O galo não cantou, o nosso cachorro só latiu uma vez e as galinhas estavam dormindo no puleiro.
Havia galinhas solteiras, os frangos e as frangas, patos e patas, quais dormiam nos pés de jabuticaba. E as galinhas com pintinhos, as patas com patinhos, dormiam num cercado.
Já tarde da noite, escutamos os porcos e as aves, um pouco agitados, principalmente as angolas.
Maria interrompeu: Papai. O que é angola?
Eu disse: é uma galinha pintada, que veio lá de Angola, na África.
Eu e meus irmãos, já com muito medo, ficamos deitados e quietos.
Escutei o meu pai, dizer para minha mãe, que tava preocupado. Então, ele pegou sua lanterna, depois acendeu a lamparina e disse:
Fique aí deitada, que vou lá no quintal, ver o que tá acontecendo.
Maria, muito interessada, me interrompe de novo:
Papai, o que é Lamparina? Eu disse: É uma latinha com um cordão, molhado de querosene, que a gente acendia a luz.
Continuando:
Meu pai, pegou sua espingarda, abriu a porta da cozinha e saiu no escuro para o quintal.
Logo escutamos, o primeiro tiro, o segundo e nosso cachorro latindo, então pensamos: ou o bicho morreu ou correu com a bunda queimada, pois meu pai era bom no tiro.
Quase uma hora depois, meu pai retornou e todos perguntaram de uma vez:
Paiiiiiii, o que aconteceu?
Ele disse: quando cheguei debaixo do galinheiro, vi no chão os rastos de um lobo e muitas penas de galinhas, espalhadas. Então, dei dois tiros para cima, tentando assustar o bicho, que provavelmente já devia ter atravessado o córrego, com a galinha na boca, direto para o mato.
Nós falamos: que bicho esperto hen pai!
Ele disse: agora vamos dormir. Temos que acordar bem cedo.
Quando olhei nos olhos de Maria, ela já estava dormindo.
Eu disse: durma com Deus e os anjos, minha filha.