Arthur e a Lâmpada Mágica
Levei nessa semana meu netinho Arthur de quatro anos, filho da minha enteada Jô, pra fazer uma visita a um tio muito querido aqui em BH. Chegando lá, havia sobre um balcão, a título de enfeite, uma pequena "lâmpada de Aladim" supostamente mágica aos olhos da criança. Ele imediatamente com imensa expectativa e alegria estampada no rosto, olhinhos brilhando, começou a esfregar a lâmpada chamando pelo gênio. Ele até cheirava a lâmpada e dizia que sentia o cheiro da fumaça saindo pelo bico. Depois de esfregar, ele fez o primeiro pedido: "um carrinho", depois, "um caminhão", por último e surpreendente, "uma rua"! Dentre todos os pedidos que podia fazer, dentre todos os desejos a serem atendidos, ele gastou seu último desejo pedindo por "LIBERDADE"! Para brincar com seu carrinho e caminhão, numa rua sem perigos, num espaço aberto, fora das quatro paredes de um apartamento. O "gênio" entregou na primeira oportunidade o carrinho e o caminhão pra ele brincar e eu o levei numa praça pra ele correr e brincar à vontade, mas ficou uma grande lição: - pode ser que não saibamos ou não prestemos atenção às verdadeiras necessidades de nossas crianças e enchemos elas de brinquedos, carinho, cuidado e a segurança do lar e familiar, mas tiramos dela sem saber ou querer, a LIBERDADE FUNDAMENTAL. Fiquei triste ao perceber que na minha infância eu tive mais liberdade do que ele!