Que Coisa Feia, Vovó
Toda manhã, elas se falam pelo celular. Virou um ritual desde o nascimento da neta.
Naquela manhã ela conseguia ouvir ao fundo o choro da menina agora com cinco anos. Não resistiu e perguntou:
- Por que Rita chora tanto, Helena?
- É nada mãe.
- Como nada? Estou aqui ouvindo a menina aos berros.
- Lembra ontem, lá na Casa do Açaí?
- Sim. E daí?
- Você foi embora e nós ficamos mais um pouquinho. A Rita resolveu ir ao banheiro lavar as mãos e acabou deixando a varinha mágica na pia. Ela voltou para buscar, mas já não estava mais lá. Fez um escândalo daqueles que só ela sabe fazer.
- Tadinha.
- Sei, tadinha. Falei que ela tem que ter mais cuidado com seus pertences.
- Pára, né! A menina só tem cinco, Helena!
- Pois é, mãe. Lembra quando perdi a minha Barbie dentista? Tinha três anos e você disse a mesmíssima coisa.
Antônia acha melhor terminar a conversa se não vai acabar em discussão na certa e a pressão dela vai subir.
- Preciso ir filha. Beijinhos na Rita. Pra você um beijão. Te amo!
- Tchau Mãe. Beijos. Te amo também.
Depois da escola, Helena passou na casa da mãe. A vovó da Rita convidou as duas para o café da tarde com direito a presentinho para a neta.
Mal entraram pela porta e lá estava a vovó plantada no corredor com uma varinha mágica na mão, igualzinha que a Rita havia perdido no dia anterior.
A vovó não conseguia segurar sua emoção. Como aguardava ver os lábios da Rita virarem aquele sorrisão gostoso e lindo só dela. Não tem preço um momento desses.
Ao ver a varinha na mão da Vovó, o sorriso da pequena Rita se desfez em mil pedacinhos virou um enorme bico. Lágrimas vieram a se juntar e Rita soltou com muita indignação:
- Que coisa feia, Vovó Antônia! Porque roubou a minha varinha?
Helena disfarçou o seu riso debochado.
E a vovó?
Ficou com cara de bunda.
Naquela manhã ela conseguia ouvir ao fundo o choro da menina agora com cinco anos. Não resistiu e perguntou:
- Por que Rita chora tanto, Helena?
- É nada mãe.
- Como nada? Estou aqui ouvindo a menina aos berros.
- Lembra ontem, lá na Casa do Açaí?
- Sim. E daí?
- Você foi embora e nós ficamos mais um pouquinho. A Rita resolveu ir ao banheiro lavar as mãos e acabou deixando a varinha mágica na pia. Ela voltou para buscar, mas já não estava mais lá. Fez um escândalo daqueles que só ela sabe fazer.
- Tadinha.
- Sei, tadinha. Falei que ela tem que ter mais cuidado com seus pertences.
- Pára, né! A menina só tem cinco, Helena!
- Pois é, mãe. Lembra quando perdi a minha Barbie dentista? Tinha três anos e você disse a mesmíssima coisa.
Antônia acha melhor terminar a conversa se não vai acabar em discussão na certa e a pressão dela vai subir.
- Preciso ir filha. Beijinhos na Rita. Pra você um beijão. Te amo!
- Tchau Mãe. Beijos. Te amo também.
Depois da escola, Helena passou na casa da mãe. A vovó da Rita convidou as duas para o café da tarde com direito a presentinho para a neta.
Mal entraram pela porta e lá estava a vovó plantada no corredor com uma varinha mágica na mão, igualzinha que a Rita havia perdido no dia anterior.
A vovó não conseguia segurar sua emoção. Como aguardava ver os lábios da Rita virarem aquele sorrisão gostoso e lindo só dela. Não tem preço um momento desses.
Ao ver a varinha na mão da Vovó, o sorriso da pequena Rita se desfez em mil pedacinhos virou um enorme bico. Lágrimas vieram a se juntar e Rita soltou com muita indignação:
- Que coisa feia, Vovó Antônia! Porque roubou a minha varinha?
Helena disfarçou o seu riso debochado.
E a vovó?
Ficou com cara de bunda.