Traquinagens de um infante
Como todo garoto que se preze, Joãozinho tinha o seu lado anjo, todavia o seu lado diabinho não deixaria de existir. Ele era obediente, todos os recados que sua mãe mandava ele fazer de prontidão atendia todos. Se não era considerado um aluno nota 10, também não era dos piores, podendo ser considerado um bom aluno. Fazia de tudo para manter sua consciência em paz consigo próprio e principalmente com o Divino.
Nas horas vagas, assiduamente ele gostava de fazer três cousas que irei contar-lhes. A primeira era que Joãozinho adorava uma peladinha, e era só ter uma folguinha, estava lá no campo junto com outros molecotes, correndo atrás da gorduchinha.
Outra cousa que ele também gostava muitíssimo, era caminhar para o lado da fazenda do Dr. Rubens e ficar pulando os diversos barrancos que iam surgindo pela frente. Joãozinho ficava rolando nessa terra, atirando pedras nas rolinhas que ali estavam e de vez em quando colhia alguns maracujás que ali encontrava. A tardinha quando lembrava que tinha uma casa, partia parecendo um verdadeiro sujismundo com terra dos pés à cabeça. Ao chegar em casa sua mãe ia logo mandando, vai tomar um banho seu porquinho, e imediatamente Joãozinho partia para o banheiro com medo de levar algumas chibatadas.
Ocasionalmente o infante lembrava que um pouco acima da sua casa, tinha um ribeirão com águas límpidas e cristalinas, de nostalgia enchia todo o seu ser, e lá estava Joãozinho partindo rumo ao ribeiro para refrescar-se do calor que era intenso na região que morava. E ali ele passava a tarde toda banhando, deliciando-se nas águas limpas e frescas até a chegada do ocaso.
Não sei se é do conhecimento de todos, mas antigamente vendia suco de laranja, numa embalagem que tinha o mesmo formato da fruta. Quando ia pra escola o traquininha enchia essa embalagem de papel, fazendo da mesma uma bola, e partia em disparada atrás dela rumo a escola, quando lá chegava estava todo suado.
Outra cousa que gostaria de comentar do garoto, com ele não tinha essa conversa de ideologia de gênero, que o mesmo é fruto de uma construção social, o cabra era macho desde quando sua mãe o concebeu.
Na casa de Joãozinho morava duas parentes. Uma era sua tia, cujo nome era Matilde, e também sua prima Bernadete, essas duas juntamente com o pai, a mãe, a irmã e seus dois irmãos formavam a sua amada família.
Matilde era possuidora de um belo corpo, além de linda, era dona de umas curvas que colocavam qualquer homem maluco. De altura mediana, coxas roliças, bumbum grande e empinado, seios médios, cor morena, cabelos e olhos castanhos claros, essa era a tia do menino.
O mais intrigante era que sua tia sabia que chamava a atenção por onde passava, deixando os homens boquiabertos. A morenaça tinha um vestido azul que adorava exibi-lo em seu corpo, e quando caminhava era como se uma expressão encarnasse no seu ser “Tenho mais não dou, tenho mais não dou”. A provocação, a exibição, a insinuação era a arte que Matilde mais gostava de fazer, e por onde passava deixava suas vítimas, inclusive o pobre coitado do Joãozinho.
Bernadete não era possuidora de um corpo tão provocante como o de Matilde, mas também tinha lá os seus atributos, e iria ser justamente ela que quebraria o respeito de Joãozinho, fazendo com que o jovem cometesse um ato não muito responsável, mesmo que não fosse por sua vontade própria. Um belo dia esse peraltinha descobriu que na porta do banheiro havia uma fresta, e essa descoberta começou a mexer com a cabeça do matusquela que o enchia de curiosidade. Ele sabia que não poderia espiar sua tia, muito menos sua mãe e sua irmã, mas não resistiu de espiar a Bernadete, talvez seja pelo fato do parentesco ser mais distante. Um certo dia não tinha ninguém em casa e lá estava sua prima partindo para o banheiro tomar banho, e não deu outra, Joãozinho ficou de prontidão e assim que o chuveiro ligou, tratou de fazer sua investida. E lá estava o traquina, na fenda da porta olhando Bernadete. A morena cantarolava e jamais passava por sua cabeça que estava sendo observada. Esfregava seus cabelos, de forma carinhosa esfregava os seus seios e coxas, mas quando chegou no seu monte de vênus, deu a ele todo tempo e cuidado possível. Bernadete visando um fim prazeroso, ensaboava e acariciava sua genitália incessantemente. Joãozinho nunca tinha tido uma experiência que lhe desse tanto prazer como essa de ver sua prima peladinha acariciando seu corpo pela fresta da porta. Assim que a menina desligou o chuveiro. Ele tratou de sair da porta e se recompôs. Essa miragem não saia da sua cabeça e seria praticamente impossível evitar que um marreco não fosse esganado.
Essas foram as aventuras de Joãozinho, menino bom, obediente, respeitador, mas que não deixava de ter também seu lado capetinha, que vez ou outra, deixava o jovem em crise com a sua consciência.