Mamãe o que é circo ?
Tati chegava da escola e, como de costume, tirava o uniforme e ia direto para o banheiro tomar banho e depois fazer a refeição. Só que, na quarta-feira, a menina entrou afobada procurando pela mãe e fazendo-lhe uma pergunta que nunca fizera antes, ávida logo de uma resposta. Queria saber o que era circo.
A mãe explicou-lhe que circo era uma companhia coletiva de artistas com diversos tipos de arte que viajava por muitas cidades para exibir a beleza de seu espetáculo. Não era um palco de teatro propriamente dito. Era tudo muito simples. Uma espécie de barraca de lona enorme onde os artistas exibiam sua arte para o público.
- Pena, minha filha, que o espetáculo de circo quase não existe mais.
- Você é que pensa! Hoje ouvi um carro de som anunciando pelas redondezas que o circo chegou aqui. Tem um palhaço chamado Lero - Lero que faz as crianças rirem muito.
- É, minha filha?
- Maiê... Tirei notas boas no colégio. Arrumei meu quarto direitinho. Você me leva ao circo?
- Claro, Tati.
A menina, menos afobada, correu para a copa e almoçou tudinho. Afinal de contas precisava caprichar para conhecer o famoso circo.
Carla, a mãe, aproveitou para lhe falar que crianças antigamente não tinham computador .Viviam uma vida mais ao ar livre, iam mais a teatro infantil e adoravam seus heróis que lutavam para o bem. Tudo muito diferente dos desenhos violentos que as crianças gostam de ver hoje em dia.
- Mãe! Eu só gosto do Homem- Aranha. Ele não é violento. É muito bonzinho. Vive para salvar os que estão em perigo.
- Tá certo, minha filha. Ele é realmente um herói.
- Mas, quando iremos ao circo?
- No próximo fim de semana.
Assim, a menina foi dormir radiante, louca para que chegasse logo o sábado.
Dormiu o sono dos anjos. E, no sábado, colocou sua roupinha preferida para ir ao circo. Lá chegando, estava logo à entrada a recebê-la um pipoqueiro. Claro que Tati sorriu para ele e para mamãe, assinalando querer um saquinho de pipoca.
Quando começou o espetáculo, ficou deslumbrada com tantas luzes e o colorido de tudo.
- Puxa, mãe! Circo é mais bonito que cinema. A gente vê os artistas de pertinho. E como usam roupas bonitas e vistosas!
- Veja, mãe... Que lindo! Três cachorrinhos se apresentando agora jogando futebol e veja aquela amarelinha dançando feito menina. Oba! Vou ensinar meus cachorrinhos a dançarem e a jogar bola.
De repente, a menina amedrontou-se com um grande barulho e um personagem pintado esquisitamente. Aos poucos foi-se acalmando quando o personagem pintado esquisitamente apresentou-se como o palhaço Lero-Lero, o famoso, que fazia as crianças rirem muito. E como ela ria de suas palhaçadas! Lero-Lero, além de fazê-la rir muito, parecia um pouco com seu pai, pois, uf! como dava conselhos! Pensou: - Será que é rabugento como papai? Deixa isso pra lá. Estou gostando e muito disso aqui. - Nossa! Como aquele homem pode andar num balanço tão alto, pulando de um para outro sem cair? A mãe explicou-lhe que quem faz aquilo é trapezista. E o balanço se chama trapézio. Mas só artista treinado para isso é que sabem brincar com esse balanço. Eles ganham a vida trabalhando nos circos.
- Legal, mãe! Mas eu não quero ser trapezista. Prefiro brincar no balanço da pracinha. É muito, muito mais seguro. E se eu cair, acho que nem me machuco.
Dezoito horas! Término do espetáculo! Lero-Lero se despede das crianças e pede que elas conversem com os amigunhos sobre o que é um espetáculo de circo. Que venham muitas e muitas crianças para conhecerem onde mora a alegria. Tati entendeu o recado. Claro que na próxima segunda-feira essa seria a sua conversa em sala de aula. E tem mais. Que a professora mostrasse aos alunos que valeria
muito a pena deixarem um pouco de lado computadores, tablets e celulares e que levasse todos os amiguinhos da escola para conhecerem o palhaço Lero-Lero. Que ele existe e é de verdade. Não é do cinema. Veste-se com roupa larga, pinta-se muito e sabe alegrar as crianças. Mora no circo e vive para ele.
A professora gostou da ideia. E prometeu que no próximo dia 12, Dia das Crianças, levaria seus alunos para conhecer Lero-Lero, aquele que mora no circo e para o circo vive.
(Este texto é dedicado a todas as crianças no seu dia e especialmente "in memoriam" as que tiveram suas vidas ceifadas precocemente no incêndio da creche de Janaúba-MG em outubro de 2017).
Tati chegava da escola e, como de costume, tirava o uniforme e ia direto para o banheiro tomar banho e depois fazer a refeição. Só que, na quarta-feira, a menina entrou afobada procurando pela mãe e fazendo-lhe uma pergunta que nunca fizera antes, ávida logo de uma resposta. Queria saber o que era circo.
A mãe explicou-lhe que circo era uma companhia coletiva de artistas com diversos tipos de arte que viajava por muitas cidades para exibir a beleza de seu espetáculo. Não era um palco de teatro propriamente dito. Era tudo muito simples. Uma espécie de barraca de lona enorme onde os artistas exibiam sua arte para o público.
- Pena, minha filha, que o espetáculo de circo quase não existe mais.
- Você é que pensa! Hoje ouvi um carro de som anunciando pelas redondezas que o circo chegou aqui. Tem um palhaço chamado Lero - Lero que faz as crianças rirem muito.
- É, minha filha?
- Maiê... Tirei notas boas no colégio. Arrumei meu quarto direitinho. Você me leva ao circo?
- Claro, Tati.
A menina, menos afobada, correu para a copa e almoçou tudinho. Afinal de contas precisava caprichar para conhecer o famoso circo.
Carla, a mãe, aproveitou para lhe falar que crianças antigamente não tinham computador .Viviam uma vida mais ao ar livre, iam mais a teatro infantil e adoravam seus heróis que lutavam para o bem. Tudo muito diferente dos desenhos violentos que as crianças gostam de ver hoje em dia.
- Mãe! Eu só gosto do Homem- Aranha. Ele não é violento. É muito bonzinho. Vive para salvar os que estão em perigo.
- Tá certo, minha filha. Ele é realmente um herói.
- Mas, quando iremos ao circo?
- No próximo fim de semana.
Assim, a menina foi dormir radiante, louca para que chegasse logo o sábado.
Dormiu o sono dos anjos. E, no sábado, colocou sua roupinha preferida para ir ao circo. Lá chegando, estava logo à entrada a recebê-la um pipoqueiro. Claro que Tati sorriu para ele e para mamãe, assinalando querer um saquinho de pipoca.
Quando começou o espetáculo, ficou deslumbrada com tantas luzes e o colorido de tudo.
- Puxa, mãe! Circo é mais bonito que cinema. A gente vê os artistas de pertinho. E como usam roupas bonitas e vistosas!
- Veja, mãe... Que lindo! Três cachorrinhos se apresentando agora jogando futebol e veja aquela amarelinha dançando feito menina. Oba! Vou ensinar meus cachorrinhos a dançarem e a jogar bola.
De repente, a menina amedrontou-se com um grande barulho e um personagem pintado esquisitamente. Aos poucos foi-se acalmando quando o personagem pintado esquisitamente apresentou-se como o palhaço Lero-Lero, o famoso, que fazia as crianças rirem muito. E como ela ria de suas palhaçadas! Lero-Lero, além de fazê-la rir muito, parecia um pouco com seu pai, pois, uf! como dava conselhos! Pensou: - Será que é rabugento como papai? Deixa isso pra lá. Estou gostando e muito disso aqui. - Nossa! Como aquele homem pode andar num balanço tão alto, pulando de um para outro sem cair? A mãe explicou-lhe que quem faz aquilo é trapezista. E o balanço se chama trapézio. Mas só artista treinado para isso é que sabem brincar com esse balanço. Eles ganham a vida trabalhando nos circos.
- Legal, mãe! Mas eu não quero ser trapezista. Prefiro brincar no balanço da pracinha. É muito, muito mais seguro. E se eu cair, acho que nem me machuco.
Dezoito horas! Término do espetáculo! Lero-Lero se despede das crianças e pede que elas conversem com os amigunhos sobre o que é um espetáculo de circo. Que venham muitas e muitas crianças para conhecerem onde mora a alegria. Tati entendeu o recado. Claro que na próxima segunda-feira essa seria a sua conversa em sala de aula. E tem mais. Que a professora mostrasse aos alunos que valeria
muito a pena deixarem um pouco de lado computadores, tablets e celulares e que levasse todos os amiguinhos da escola para conhecerem o palhaço Lero-Lero. Que ele existe e é de verdade. Não é do cinema. Veste-se com roupa larga, pinta-se muito e sabe alegrar as crianças. Mora no circo e vive para ele.
A professora gostou da ideia. E prometeu que no próximo dia 12, Dia das Crianças, levaria seus alunos para conhecer Lero-Lero, aquele que mora no circo e para o circo vive.
(Este texto é dedicado a todas as crianças no seu dia e especialmente "in memoriam" as que tiveram suas vidas ceifadas precocemente no incêndio da creche de Janaúba-MG em outubro de 2017).