Histórias que vivi e gosto de contar
A casa de meus avós
Todas as manhãs ia cedinho para a casa de meus avós maternos: Pai Zeza e Roquinha. Eles tinham gado, portanto ia cedo para ver meu avô tirar leite das vacas no curral.
No caminho sempre encontrava os melhores amigos do homem, os cachorros, no entanto eles não me viam como amiga não, latiam e avançavam mesmo, mas como as crianças sempre têm seus anjos protetores, o meu sempre aparecia na hora certa: era minha tia Rosa, mulher do meu tio Nezinho, então ela me passava do perigo dos cachorros e eu seguia feliz até a casa de meus amados avós.
Reconheço que era feliz naquela vida pacata do interior, morando com meus pais, irmãos e avós. Às vezes faltava o pão de cada dia, mas carinho tinha de sobra.
Quando as coisas apertavam recorríamos aos meus avós maternos. Quando minha avó matava uma galinha, ficávamos à espera do caldinho que vinha lá de cima. Ficávamos ansiosos e como um milagre dava pra todo mundo.
A Quitanda do seu Satilo
No final da década de 1970 eu era ainda pequena, mas que desde cedo meus pais sempre me ensinaram a participar das tarefas domésticas, nem por isso sou traumatizada.
Nesse contexto, aparece a Quitanda do seu Satilo, então minha mãe me mandava ir comprar uma quarta de café, alho, pimenta, farinha seca, etc, então para não esquecer ia repetindo o nome dos produtos que deveria comprar. No entanto de tanto repetir eu me embaralhava e sempre esquecia de algo. Daí já se sabe, mal chegava tinha que voltar por cima do rastro.