UMA GRANDE AVENTURA - I

O calor do alvorecer já dava a ideia de como seria magnífico. Enfim chegou o dia. Tudo conspirava para que esta sexta-feira fosse mágica, diferente, repleta de aventuras e de emoções. Pedro Henrique nem acordara. Estava de pé, mochila às costas, ainda enquanto o despertador do pai anunciava que era chegada a hora. Eram cinco da manhã. O menino não dormiu, imaginando maravilhas da viagem que faria com os colegas de escola. Passou a noite na cama, rolando para todos os lados, ansioso para que o dia clareasse e desse início à primeira vez que Pedrinho sairia de casa, sem a presença de um dos pais. Havia navegado pela internet e pesquisava inúmeras imagens. Entre elas “rio de ouro”, “estrada dos bandeirantes” e “vida dos índios”. Pedro é muito curioso e não quer perder um só momento da excursão.

Kevin acordou assustado. Sua mãe batia à porta do seu quarto dizendo que ele se atrasaria. Levantou-se rapidamente, olhou as horas no relógio que ele tem, com seu time favorito e já foi dizendo:

__ Nossa mãe! Falta meia hora apenas – disse enquanto ia colocando rapidamente o uniforme da Escola Estadual Machado de Assis.

__ Calma filho, é só se vestir. O café já está prontinho e seu pai vai levá-lo até a escola na bicicleta nova. Um pulo menino. Deixa de ser desesperado.

Mas o garoto se dirigiu à cozinha e mal deixava o pai dar as recomendações do tipo: obedeça seu professor – não vá sair de perto dos colegas – cuidado com o sol – não toque em plantas e animais desconhecidos... e o blá blá blá tão típico dos pais. Kevin tomava seu leite com chocolate quentinho e comia pavorosamente rápido um bolo feito pela mãe. Ainda com a boca cheia ia dizendo:

__ Vamos pai, o professor falou que quem não chegar as 06h30 vai ficar pra trás.

O pai sorria de ver seu garoto se achando independente, quase um homenzinho. E apressou-se. Foi um dos primeiros à chegar à porta da escola. Somente Pedrinho estava lá, olhos fundos da noite não dormida. Começaram ali mesmo a conversar sobre as expectativas do dia, enquanto os pais dos garotos voltavam para suas vidas de trabalho enfadonho.

LUCAS FERREIRA MG
Enviado por LUCAS FERREIRA MG em 17/06/2017
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