Easter, o Coelhinho da Páscoa

Era uma vez, há muito tempo atrás, uma ilha no meio do Oceano Pacífico onde viviam muitos animais. A ilha era muito bonita, com uma linda vista do mar que refletia um tom esverdeado quando o sol brilhava naquele maravilhoso céu azul. Os campos da ilha eram cheios de flores coloridas, grama bem verdinha e muitas árvores que davam um fruto estranho, grande e amarelado que tinha umas castanhas dentro. A maior parte dos animais que vivam nesta ilha eram pequenos coelhos, aliás, milhares de coelhos que corriam de lá para cá com seus filhotinhos, procurando comida e cuidando somente das coisas do dia a dia!

Um desses coelhinhos chamava-se Easter, era bem branquinho com um pelo super macio, orelhas compridas, olhos bem grandes e brilhantes e um pequeno focinho cinza. Era um coelhinho muito feliz que adorava brincar com seus irmãos coelhos e gostava muito da ilha, mas o que mais lhe interessava eram as histórias que os coelhos mais velhos contavam sobre a ilha e também sobre os habitantes do mundo exterior.

As histórias falavam de um mundo habitado por humanos que na maioria do tempo viviam tristes por estarem sempre em guerra uns com os outros! O coelhinho ouvia, ouvia e tinha muita vontade de ajudar, principalmente as crianças que viviam naquele mundo. Quem sabe ele poderia fazer algo para que elas ficassem mais felizes, mas não tinha a menor ideia de como realizar esta façanha.

Easter também era muito curioso e um dia enquanto os coelhos mais velhos e sábios conversavam sobre a ilha ele ouviu falar dos Moais!

Os Moais eram estátuas gigantescas com um formato esquisito que ficavam num lado meio escondido da ilha, existiam centenas delas, mas ninguém sabia quem as construiu ou porque elas ali estavam, assim os coelhos evitavam andar por lá pois diziam que os Moais podiam ser perigosos e é claro, ninguém queria se arriscar.

Depois que ouviu isso, Easter ficou morrendo de curiosidade e decidiu então se preparar para no dia seguinte explorar este lado escondido da ilha. O dia amanheceu bem nublado e parecia que ia chover, mas Easter estava decidido, pegou uma bela cenoura que levou como lanche, pegou uma cabaça e encheu com água bem fresquinha, amarrou um belo lenço vermelho em volta do pescoço e partiu...

Como se fosse um escoteiro em busca de aventura ele enfrentou a dura caminhada por trilhas pouco usadas, cheias de pedras e galhos que pareciam não ter mais fim... e quanto mais ele andava mais escura a trilha ia ficando, um vento frio uivava em suas longas orelhas anunciando que uma tempestade estava chegando! Mas Easter estava determinado e seguiu em frente, já estava entardecendo e começava a escurecer, a chuva agora já caia gelada com rajadas de vento, deixando seu pelo encharcado! De repente um raio iluminou todo o céu e um poderoso trovão explodiu num barulho ensurdecedor, Easter olhou e avistou logo a frente uma enorme estátua de pedra que parecia olhar furiosamente para ele! Era um dos Moais! Assustado ele deu um grito e saiu correndo desesperado saindo da trilha sem enxergar direito naquela escuridão, muito vento e chuva e de repente ele acabou caindo num buraco escondido no meio do mato, rolou por um túnel até acabar no fundo de uma grande caverna onde acabou desmaiando...

No dia seguinte a chuva tinha passado e uma luz tênue invadiu a caverna entrando pelo túnel e iluminando-a o suficiente para poder enxergar ali embaixo. Easter acordou todo dolorido e arranhado do tombo da noite anterior, tentando lembrar direito o que tinha acontecido. Estava preocupado que seus pais não sabiam onde ele estava, talvez não deveria ter saído assim nesta louca aventura sem avisá-los, no entanto, agora já era tarde, precisava sair dali e voltar para casa, mas quando estava se preparando para subir pelo túnel notou que no fundo da caverna existia uma daquelas estátuas gigantescas de pedra e foi se aproximando com cuidado! Nas paredes da caverna que rodeavam a estátua existiam desenhos e coisas escritas de uma antiga civilização, mas ele não conseguia entender nada. Já bem perto ele notou que na boca da estátua algo brilhava levemente refletindo uma luz, pois desta vez ele decidiu enfrentar seu medo e de um pulo chegou até a boca da estátua onde avistou um pequeno ovo de cristal que brilhava como se possuísse uma energia em toda sua volta.

Easter pegou o ovo e neste momento o mesmo brilhou com muita força e a energia envolveu todo o coelhinho, de repente ele conseguia entender os ensinamentos escritos na parede da caverna que falavam de como transformar o estranho fruto das árvores da ilha numa deliciosa iguaria chamada chocolate. Easter ficou maravilhado e pensou em contar tudo para seus pais e exatamente neste momento que pensou em seus pais, Bzzzzt, o ovo brilhou mais forte e ele foi tele transportado imediatamente para sua casa. O ovo de cristal havia sumido, provavelmente ficou na caverna, mas aquela energia continuava a brilhar em volta do coelhinho.

Bom, o que aconteceu daí para frente foi que Easter descobriu que agora tinha o poder de se tele transportar! Ele contou toda a história para seus pais e também para os coelhos mais velhos e sábios da ilha, mas ninguém nunca mais conseguiu encontrar a caverna. No entanto Easter ensinou o segredo de como preparar o chocolate para os outros coelhinhos e também criou uma enorme fábrica onde eles produziam esta iguaria no formato de ovos como se fosse o ovo de cristal que Easter tinha encontrado na caverna.

Desde então Easter usa seus poderes para uma vez por ano se tele transportar e levar ovos de chocolate lindamente decorados para as crianças mais necessitadas do mundo, fazendo estes pequenos e suas famílias um pouco mais felizes!

E aquela ilha escondida, lá no meio do oceano, ficou conhecida como a maravilhosa e lendária Ilha de Páscoa, um lugar onde morava um coelhinho muito, muito especial, Easter o coelho da Páscoa!

Fim

Dedico esta pequena história a meus queridos filhos Rodrigo e Rafael !

Daniel Bonini
Enviado por Daniel Bonini em 25/08/2016
Código do texto: T5739668
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