A menina da vassoura
Uma menina de uma família simples, todos os finais de semana ajudava a mãe nas tarefas de casa. Essa menina tinha um gato listrado muito esperto. Se a menina ia lavar louças, o gato pulava e ficava embaixo da pia observando-a colocar os pratos em cima da mesa. Quando a menina arrumava as camas, ele deitava no tapete do quarto e olhava manso, como se estivesse com preguiça, porém notava que a menina tinha o cuidado de colocar os lençóis em cima da cômoda.
Um dia, a mãe pediu que a menina fosse varrer a cozinha, que estava muito suja de farinha. A menina pegou a vassoura e o gato se colocou de lado com uma sensação de que a menina fosse dançar com a vassoura.
Então, algo surpreendente aconteceu. O pó da farinha criou uma espécie de redemoinho e girou, girou e a menina e o gato começaram a voar, em um rodopio lento, como se girassem em torno da vassoura.
É, claro que a vassoura se enrolou e começou a deslizar pelo chão! Pirilim para cá, pirilim para lá!
— Miau! — murmurou o gato procurando segurar-se no cabo da vassoura.
— Ah, que bom! — sussurrou a menina, sorrindo para o bichano.
Por um instante ela fechou os olhos entregue ao embalo do rodopio, delicadamente embalada, como um giro de uma flor em busca do sol.
O animal soltou uns dois miados com seus belos pelos do rosto eriçados de alegria. E, finalmente emitiu um mio baixo para avisar à menina que a mãe dela a chamava.
— Aninha, é para você varrer o chão e não dançar com a vassoura — a mãe falou com firmeza, mas com um tom de afeto.
Ah, meu Deus, que a menina olhou para a vassoura e murmurou, sorrindo para o gato:
— Isso é culpa sua, Titico, que fica me fazendo imaginar que estou brincando!
E o gato a olhou como se pedisse desculpas: Miau!
Assim, a menina colocou a vassoura atrás da porta e foi acariciar seu gato.
— Você é lindo, Titico! Desculpas!