HISTÓRIAS QUE MEU PAI CONTAVA

Autor: Jacques Calabia

VALEI-ME MEUS QUATRO CAVALOS.

Quando eu era criança e chegava a hora de ir dormir,

meu pai contava histórias para mim e os meus outros

três irmãos menores.

_ Pai, onde o senhor ouviu todas essas histórias que cada

dia nos conta?

_ De ninguém meu querido filho.

_ Então o senhor as tira da sua imaginação, pai?

_ Sim meus amados filhos.

As histórias de papai começavam sempre assim:

Era uma vez...

Valéria, Marcos e Rogério que eram meus irmãos menores,

escutávamos papai contar suas histórias sem nenhuma interrupção.

_Era uma vez quatro lindos cavalos... Começava papai.

O primeiro era um encantado "Cavalo de Fogo"

em que suas chamas enormes incendiavam à noite

tornando-a como se fosse dia.

O segundo era um "Cavalo Negro" com uma estrela branca

em sua testa.

O terceiro era um "Cavalo Branco" que tinha imensas asas

com as quais podia voar.

O quarto era um "Cavalo Amarelo" que parecia reluzir como a luz

ou como ouro.

Os quatro belos cavalos tinham como dono um fazendeiro

que sempre a certa hora da tarde chamava seus cavalos

para poder ir cavalga em suas terras.

_Valei-me meu "Cavalo de Fogo..." Chamou o fazendeiro

usando suas roupas novas de montaria. "O Cavalo de Fogo"

surgia trotando elegantemente bem em frente da entrada

principal da fazenda.

O fazendeiro chegava perto de seu belo Cavalo de Fogo alisava

o pescoço do animal e dizia: _ Boa tarde meu lindo Cavalo de Fogo!

Logo a seguir montava em seu Cavalo de Fogo e enquanto alisava

o pescoço do belo Cavalo de Fogo o fazendeiro falava:

_ "Valei-me meu Cavalo de Fogo..."

No momento seguinte o Cavalo de fogo saiu em disparada

e foi percorrendo a extensa terra do seu dono o fazendeiro

que tudo observava com alegria.

Acredito que até aqui ao contar minha história a todos vocês

se perguntem agora:

_ Por que as chamas do Cavalo de Fogo não queimam

o fazendeiro?

É surpreendente o que vou lhes dizer-lhes. O muito amor

do fazendeiro por seu "Cavalo de Fogo" o protegem

das enormes chamas do "Cavalo de Fogo" e assim quando

a noite chegou o "Cavalo de Fogo" parecia se incendiar

cada vez mais e tudo ao redor dele e do seu dono

o fazendeiro ficava claro como se já fosse dia.

De repente, riscou no céu um enorme relâmpago

e trovões começaram a ribombar cada vez mais alto.

Uma forte tempestade estava prestes a desabar de modo

que alguns pingos grossos de chuva bateram na testa

do fazendeiro e escorreram por seu rosto todo caindo

a seguir em seus ombros.

O fazendeiro receando que aquele aguaceiro que estava

por vir pudesse apagar as chamas do "Cavalo de Fogo"

e esse acabar morrendo doente, alisou o pescoço do seu

"Cavalo de Fogo" e disse:

_ Valei-me meu "Cavalo de Fogo"... No mesmo instante

o "Cavalo de Fogo" saiu em disparada e foi parar em frente

da entrada principal da fazenda muito antes do temporal

desabar.

O fazendeiro levou o Cavalo de Fogo para o estábulo,

colocou água fresca no cocho, serviu a seguir ao

"Cavalo De Fogo" a melhor alfafa da região.

Quando o fazendeiro entrou na fazenda desabou o temporal

e o Cavalo de fogo comia Feliz sua deliciosa alfafa.

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REESCRITO HOJE.08 DE MAIO DE 2016.

BELO HORIZONTE, 18/02/2013

Jacques Calabia Lisbôa

Enviado por Jacques Calabia Lisbôa em 20/02/2013

Reeditado em 20/02/2013

Código do texto: T4150151

Classificação de conteúdo: seguro

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