A presunçosa agulha
“A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito, a queda”. Provérbios 16.18.
Vovó Fátima tinha uma linda caixa de costura, onde havia botões de todas as cores e formas, retrós de linhas com todas as cores do arco-íris. Dedais antigos que pertencerá a sua bisavó portuguesa.
Também nesta caixa havia agulhas de vários tamanhos e retalhos de mil cores. Todo mundo com certeza gostaria de bisbilhotar naquela caixa tão cheia de surpresas.
Após um longo dia de trabalho, quando a vovó deixava de coser e ia repousar em sua cadeira de balanço na varanda. Todos os habitantes inanimados que viviam harmoniosamente naquela caixa começavam a ter seu tempo de lazer. Brincavam de tudo um pouco até altas horas da noite.
Num belo dia uma presunçosa agulha, levanta orgulhosamente e começa a discursar: “Eu nasci para liderar, fui criada para ser cabeça e determino todos os dias o caminho das linhas “. Por onde quer que vão, elas tem que me seguir humildemente, as linhas não têm vida própria e nem opinião formada sobre nada, que vida medíocre vocês levam”. Todas as agulhas aplaudiram a amiga de pé.
Houve uma grande confusão e todos queriam falar ao mesmo tempo Mas uma velha sábia linha amarelada pelo tempo alçou a voz e falou com muita autoridade a todas as agulhas.
-Vocês podem sim nos levar por caminhos traçados por vocês e nós a obedecemos silenciosamente, humildemente, mas no final quando as peças de roupas estão prontas, vocês voltam para o silêncio da caixa de costura e nós vamos às festas, teatros, casamentos, museus e por toda vida, estaremos sempre a passear.
Houve silêncio total e todos aprenderam, que a presunção é coisa do diabo e que a humildade é uma grande virtude.