Aventura no Museu

Certa vez, quando eu tinha 13 anos e estava na 8ª série, uma coisa misteriosa aconteceu. Na escola, a professora de história levou minha turma para conhecer o museu da cidade. Estávamos estudando o Egito Antigo, então ela nos levou a esse museu, que tinha réplicas em miniatura de pirâmides, umas joias que, segundo a professora, tinham pertencido realmente à Cleópatra, e muitos outros artefatos da cultura egípcia.

Nessa época, meu melhor amigo se chamava Mateus, nós tínhamos a fama de sermos os mais bagunceiros da classe, e éramos mesmo. Já aprontamos com o professor de matemática, tacando bolinhas de papel com cuspe no carro dele; com a professora de ciências, fazendo, na sala de laboratório, uma bomba de fedor que tínhamos aprendido na internet. Enfim, sabíamos nos divertir, mas sempre tiramos boas notas.

Porém, nesse passeio ao museu, nos demos mal com nossas brincadeiras. Ficamos distantes dos outros alunos e entramos sozinhos numa sala de múmias. Pensamos que era tudo de mentira, que eram apenas bonecos, por isso ficamos lá zoando. Até que, de repente, as luzes da sala começaram a piscar e começamos a ouvir uns barulhos estranhos, assustadores, vindo das múmias. Ficamos com tanto medo que, quando fomos sair correndo da sala, tropeçamos e caímos. Eu não tinha nem coragem de olhar para trás, mas parecia que tinha alguma coisa puxando minha perna.

Apavorados, nos levantamos e corremos o mais rápido possível. Encontramos a professora e contamos o que tinha acontecido. Ela, claro, não acreditou em uma palavra do que dissemos, mas mesmo assim foi com a gente e os outros alunos na tal sala mal assombrada. Chegando lá estava tudo normal, as múmias pareciam tão mortas como sempre foram, sem luzes piscando, sem barulhos estranhos. O Mateus e eu ficamos sendo zoados pela galera da sala o resto do ano todo. Até hoje não sei explicar o que aconteceu, mas tenho certeza de que foi real.