Brinquedo pobre, Alegria Perfeita
Maria de Fatima Delfina de Moraes
Os meninos do farol vendiam de tudo para ajudar no sustento da família: balas, biscoito de polvilho, água...
Dia de sol ou de chuva lá estavam sempre em bandos.
Via-se bem que não tinham posses. Roupas já sujas, descalços, cabelos emaranhados, mas não perdiam o pique.
No fim da tarde, numa pracinha próxima, reuniam-se para brincar.
Zeca fazia maravilhas com uma pequena bola velha envolvida numa meia usada. E aquela bola de meia era uma alegria durante a tarde nas peladas da garotada.
Jô com duas latas velhas e um barbante, fez para as meninas um telefone sem fio.
Dava gosto de ver, a garotada escondida atrás das árvores, falando feito comadres.
Toni tinha um carrinho de rolimã. Na quadra de futebol de salão da praça, brincava de surfar em cima do carrinho.
Laila embora menina, adorava bolinhas de gude. E na hora da brincadeira, nunca estava só. Com ela, havia espaço para meninos e meninas.
Tino com algumas folhas usadas, improvisava pipas coloridas que davam gosto de ver.
Juninho era bom demais em gaivotas de papel.
Alguns garotos mais abastados desdenhavam:
- Olha só que brinquedo pobre!
No entanto, para aqueles que não tinham dinheiro para comprar brinquedo novo, eles eram mágicos.
No fim de tarde, serviam-lhes ao momento da alegria perfeita, intocada - momento de ser criança.
Dia de sol ou de chuva lá estavam sempre em bandos.
Via-se bem que não tinham posses. Roupas já sujas, descalços, cabelos emaranhados, mas não perdiam o pique.
No fim da tarde, numa pracinha próxima, reuniam-se para brincar.
Zeca fazia maravilhas com uma pequena bola velha envolvida numa meia usada. E aquela bola de meia era uma alegria durante a tarde nas peladas da garotada.
Jô com duas latas velhas e um barbante, fez para as meninas um telefone sem fio.
Dava gosto de ver, a garotada escondida atrás das árvores, falando feito comadres.
Toni tinha um carrinho de rolimã. Na quadra de futebol de salão da praça, brincava de surfar em cima do carrinho.
Laila embora menina, adorava bolinhas de gude. E na hora da brincadeira, nunca estava só. Com ela, havia espaço para meninos e meninas.
Tino com algumas folhas usadas, improvisava pipas coloridas que davam gosto de ver.
Juninho era bom demais em gaivotas de papel.
Alguns garotos mais abastados desdenhavam:
- Olha só que brinquedo pobre!
No entanto, para aqueles que não tinham dinheiro para comprar brinquedo novo, eles eram mágicos.
No fim de tarde, serviam-lhes ao momento da alegria perfeita, intocada - momento de ser criança.