.LUZ. A Taturana,o Gafanhoto e o Colibri.
Olá amigos(as)
Vamos a mais um conto?
.LUZ. A Taturana,o Gafanhoto e o Colibri.
Manhã de uma quarta feira, segue por entre as folhas ressequidas pelo tempo, Dona Taturana conversando com o Senhor Gafanhoto.
O papo estava muito animado e ambos andavam lentamente procurando sempre o caminho sob a sombra, pois os dois não gostavam do sol.
Dona Taturana comentava que essa caminhada diária para o trabalho, era exaustiva e quando o dia estava ensolarado, era uma tortura o ato de caminhar.
O Senhor Gafanhoto colocando mais lenha nessa fogueira ou melhor, engrossando as lamúrias, também comentou:
As minhas asas parecem pear 50 gramas cada uma. Os meus pés então ao pisar no chão quente tenho a sensação que vão virar torradas.
E assim vagarosamente caminhavam. Às vezes os comentários tinham um jeitão de competição na qual o objetivo era quem será que mais reclama?
A jornada foi interrompida quando Dona Taturana e o Senhor Gafanhoto notaram que bem próximo a eles, voava alegremente um colibri, que possivelmente nem percebeu o desanimado casal.
Nossa que estranha alegria e empolgação ele tem, disse o Senhor Gafanhoto.
E que energia esse camaradinha tem também ,completou Dona Taturana.
Ambos pararam para admirar ou quem sabe até descansar, sem tirarem os olhos do beija flor. E este repentinamente pousou próximo aos reclamões.
Imediatamente cumprimentaram-se, e o colibri falou:
Lindo dia este não?
Senhor Gafanhoto e Dona Taturana entreolharam-se com caras de poucos amigos e se perguntaram , bom dia?
Sim, respondeu-lhes o colibri.Um sol lindo,um ar agradável,muitas e lindas flores, a natureza vai se exibindo,novos amigos vamos conhecendo e......
Dona Taturana, demonstrando estar irritada com tamanha demonstração de felicidade do pássaro, o interrompeu dizendo aos berroos:
Sol quente demais, os meus pés que não são poucos, queimam. O calor me consome e você quer que eu concorde com essa beleza toda?
O Senhor Gafanhoto tentando reforçar as palavras de Dona Taturana ainda acrescentou:
Preferimos o frio e a chuva pois temos mais disposição para viver.
O Senhor Colibri que estava muito atento aos novos amigos, fez um sábio comentário.
Amigos, a natureza é maravilhosa, para que possamos nos renovar a cada instante, ela nos dá o sol, que ao chegar na terra traz energia para os seres vivos, imaginem.” Os raios dos sol em contato com as plantas provocam a fotossíntese, essa forma de energia faz com que as plantas cresçam, e ao crescerem irão alimentar muitas outras coisas por ai a fora.”
A chuva também é necessária pois a água é vital para muitas espécies.
O vento tem a sua magia toda especial, e dentro dessas necessidades vitais, o frio também é necessário.
Vale sim dizer que em função da falta de respeito à natureza, o ser humano, que se diz tão inteligente, está alterando essa lógica do meio ambiente, destruindo e desequilibrando o planeta.
Demonstrando sua pressa, o colibri se despediu dizendo:
Um copo com água pela metade para alguns pode ser um copo quase vazio, e para outros o mesmo copo pode ser visto como quase cheio, dependendo muito da forma como o vemos.
Adeus amigos, tenho muitas flores para visitar. E se foi o Colibri.
Dona Taturana e o Senhor Gafanhoto, acenaram para ele e em seguida partiram também.
Ao longo do caminho puderam reparar no colorido daquela manhã, como as flores,animais, árvores, etc. E não deixavam de comentar sobre a luz de alegria e informação que o senhor Colibri acabou trazendo para as suas vidas.
autor do texto Fábio Costa.
Extraído do livro de contos Odisseia da Galinha Perna Só.
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