A CAIXA DE LÁPIS DE COR (1º TEXTO DO DESAFIO SARAU LITERÁRIO VIRTUAL)

Os lápis de cores sempre me fascinaram. Achava linda aquela caixa que dobrava em várias partes com diversas cores arrumadas certinhas em degradê, que via com algumas colegas, mas nunca ganhei igual. A minha tinha no máximo 24 lápis.

Mas fui privilegiada com um detalhe: meus padrinhos eram um dos donos da Faber Castell. Eles moravam em São Paulo. Uma vez meus pais e eu fomos visitá-los e eles me presentearam com um avental que tinha um bolso grande na frente, cheio de lápis de cor. Fiquei orgulhosa e encantada, ninguém que eu conhecia tinha outro igual. Nunca mais os vi e até hoje não entendi porque meus pais escolheram padrinhos tão longe de nossa casa.

Muitos anos se passaram e agora retornei aos meus sonhos de infância e voltei a enamorar pelos lápis de cor. Para começar tenho uma caixa com 48 cores Eco Lápis de cor Aquarelável, que ao molhar o pincel com um pouquinho de água, vira uma espécie de tinta aquarelada, criando outra forma de desenho e coloração.

Nesse mundo artístico em que partimos do azul, vermelho e amarelo, vamos nos deliciando na infinidade de cores que vão sendo criadas, fazendo daquele momento uma vibrante e fantástica fantasia multicolorida.

Divirto-me passando as horas vendo imagens que me agradam e vou traçando com os meus traços de aprendiz, aconchegando fragmentos dos meus sonhos em realização.

Desenhos da criança não são mais, perderam a inocência, mas me fazem sentir como tal, a vibração, a alegria e a sensação de prazer são as mesmas. Até o olhar que tenho ao ver meus lápis me remetem ao tempo em que arrumava minha pasta para ir para a escola, onde colocava os livros, os cadernos, a régua, os lápis, a borracha, o apontador e a merendeira, e a minha mãe dizia – anda logo menina, senão você vai chegar atrasada!

PRIMEIRO TEXTO ATENDENDO AO DESAFIO SARAU LITERÁRIO.

Convido para participar do DESAFIO SARAU LITERÁRIO VIRTUAL, os poetas Eemanuel, Maria Aranilda de Araújo, Eleazar Freitas e Lucio Espin.