Amarelinho e Dona Coruja
Era uma vez em uma linda floresta de árvores grandes e pequenas, mas todas frondosas, algumas com frutos outras cheia de flores, mas todas de folhas de todos os tons de verdes, nesta floresta também havia uma bela campina, morada de muitos bichos e pássaros.
Nesta campina também morava um pequeno pássaro de penas bem amarelas por isso seu nome era Amarelinho. Ele era pequeno no tamanho, porém grande no cantar, era um cantor de primeira grandeza, tão logo amanhecia lá estava ele cantando para dar as boas vindas ao novo dia.
Cantava as belas cantigas o dia todo, quase todos gostava do seu canto, digo quase todos porque dona Coruja não gostava, ela que era da noite, passava a noite toda acordada olhando para a lua ou para a escuridão quando não havia lua e estrela no céu, não gostava do canto do Amarelinho, pensava que ele devia fechar o bico para ela poder dormir durante o dia.
O canto do Amarelinho a incomodava tanto que certa noite quando estava dormindo e só ela acordada, resolveu ir até a casa do Amarelinho no alto de uma bela árvore frondosa cheia de flores para sequestrá-lo. Planejou tudo bem planejado e foi lá colocar o seu plano em ação.
Quando amanheceu o dia, toda bicharada acordou tarde, porque Amarelinho não cantou nesta manhã os convidados a levantar para celebrar o dia. Todos pensaram que ele estava doente foram a até sua casa, chamaram por ele e nada dele sair ou responder aos amigos que tanto gostavam nisto o macaco disse que iria subir na árvore, olhar na casa dele, quando chegou lá a casa estava vazia.
Foi quando dona onça disse: será que alguém comeu o nosso Amarelinho? O cantor da nossa linda floresta? Todos se olharam, foram ver se achava as penas dele, não acharam, ficaram ainda mais preocupados, tristes, porque naquele dia não ouve canto na floresta, todos estavam calados, preocupados com o sumiço do Amarelinho, só Dona Coruja que estava tranquila, por haver dormido o dia todo.
No outro dia, um novo dia de silêncio, neste dia, todos estavam de pé porque não havia dormido a noite de tanta preocupação com o amigo que havia sumido. Foram quando resolveram dividir-se em pequenos bandos para sair à procura de Amarelinho. Ao ouvir isto, dona Coruja se preocupou porque sabia se eles o achassem ela tinha que mudar daquela campina que gostava tanto mesmo tendo poucos amigos porque todos eram do dia, somente ela da noite.
Saiu sorrateiramente foi até no fundo da floresta onde quase não tinha luz do sol, onde havia prendido Amarelinho, ela havia amarrado suas patinhas e seu bico com um cipó, as patas para ele não voar e não fugir, o bico para ele não cantar, além dele estar pendurado pelas asas em um galho da árvore preso com um cipó também. Dizendo Amarelinho está todos preocupados, vão sair para te procurar se o acharem vão saber que foi eu. Não quero ter que mudar daqui, gosto desta floresta mesmo tendo poucos amigos.
Amarelinho ficou com dó da dona Coruja porque gostava muito dela, disse: Dona Coruja pode me soltar que não vou contar o que aconteceu digo que tive que viajar para o outro lado da floresta para visitar um primo que adoeceu que tive que sair às pressas, no que ela disse você faria isso por mim? Ele disse dona Coruja, gosto muito da senhora, a tenho comigo amiga, sei que a senhora não fez isso comigo por maldade e sim como é da noite quer dormir, estive pensando que tenho que depois de cantar uma música festiva para acordar os do dia tenho que cantar uma para embalar o seu sono porque a senhora é da noite.
Assim, dona Coruja o soltou ele voou para a campina, onde disse para todos o que havia prometido a dona Coruja. Todos festejaram, fizeram festa neste dia, até toda Coruja participou da festa. A partir daquele dia, Amarelinho cantava uma cantiga para acordar os do dia que dona Coruja ouvia com prazer, depois cantava uma para ela poder dormir, como também mesmo sendo da noite ela fez muito amigos através de Amarelinho e assim todos viveram felizes para sempre na campina da linda floresta.
Lucimar Alves