O Coelho Orelhudo
Era uma vez uma família de coelhos. Tinha coelho de toda cor: cinza, branco, marrom e manchado.
Todos os dias a mamãe coelha passeava com os filhotes. Mas um dos filhotes não gostava de sair de casa. Ele tinha as orelhas muito grandes. Orelhudo, como era chamado pelos irmãos, vivia escondido dentro de casa por vergonha das enormes orelhas que tinha.
E desse modo, chegou o inverno e Orelhudo crescia e engordava mais que os irmãos, pois não se exercitava. Um dia, ele ficou grande e pesado e quase não cabia na toca. Então, ele decidiu ir procurar uma casa para ele.
Andou e andou pela floresta, até que, muito cansado por não ter costume de fazer atividades físicas, encontrou um buraco enorme debaixo de uma velha mangueira. Ali, ele decidiu que seria a morada dele.
E foi assim que ele foi morar sozinho e como não tinha o papai coelho para trazer comida, ele teve de procurar alimentos. Com isso, ele se acostumou a ser chamado de Orelhudo pelos animais da floresta. Também emagreceu um pouco já que passou a ter o costume de ir à casa dos pais de manhã cedo para comer umas cenouras fresquinhas. Afinal, casa de mãe é assim mesmo: sempre tem uma comidinha especial para os filhos.
E Orelhudo viveu muito feliz sozinho até o dia em que conheceu uma coelha e casou. Eles tiveram muitos coelhinhos de todo tipo de orelhas: grandes, médias e pequenas.
Ufa! Que eram filhotes demais!
Mas um deles nasceu com orelhas tão pequenas, mas tão pequenas que foi chamado de Raspadinho. E não é que ele gostava! E raspadinho até se escondia por trás das orelhas de papai Orelhudo na hora de brincar de esconde-esconde.
Que coelhinho sabido! E a história dele eu conto outra vez...