Nacho e o Grogotó...
E chegou a notícia de prêmio pela composição. Veio meio enigmática, mas era séria. O premiado, o Nacho, de seus 12 anos, deveria comparecer a Belo Horizonte, a capital, para conhecer e receber a premiação. Essa era a condição.
Já a composição, ora a composição... Assim como os discursos de formatura de toda a irmandande, e até a tese de doutorado que o mano mais velho iria fazer, traziam a genialidade - e até a bela grafia - da mana Latoya. Que era mesmo bamba. Bambambã. Mas o SESI não reconhecia nada disso. Gostava era da composição - e a premiou em nome do remetente: o Nacho.
E como o Nacho sonhara com sua bicicletinha, novinha. Iria trazê-la pra casa, até pedalando, ou na cacunda, se o pai, que o acompanharia à premiação deixasse. E lhe ofereceria uma garupa, de lambuja.
Foi reunida a sessão da premiação. Solene. Cheia de suspense. A bicicleta foi, como se prometera para o primeiro colocado. Só que o Nacho, ah, o Nacho, ficou em segundo: estada de graça, por um fim de semana no hotel Grogotó!
Se fosse de bicicleta, iria. Mas só pro Grogotó, aqui ó!