Lei da Natureza
 
 
            Abri a janela. A grande árvore  verde,  estava mais linda, porque  entre os seus dois galhos, uma casita, a mais bela  que a natureza criou, acabava de ser construída. Era a morada de um casal de João-de- barro.  Daí por diante, todas as tardes, o casal  fazia  festa  numa sintonia de vozes, anunciando a todos  que ali existia felicidade. 
            
             Foi num dia de inverno que o   casal de passarinho, aproveitando um raio de sol que iluminava a campina, desceu em busca de alimento.
             Naquele instante  um gavião faminto e esperto, desceu certeiro sobre o João-de- barro levando-o preso no pé. A Joaninha chorou, chorou por vários dias de saudades do seu amado.  O gavião, porém não esqueceu daquela morada. Passou a espreitá-la até que um dia enquanto Joaninha pipilava de saudade, foi também perseguida e lá  se foi  pelos ares nas garras do malfeitor.
              Um dia, o gavião malvado foi alvo de uma pedrada e caiu por terra. Quem será que deu fim naquele danado?   
              A casita, ainda está lá no galho, sendo usada como ninho de outras aves que não têm a mesma habilidade do passarinho engenheiro.  O gavião e o casal de João de barro foram morar certamente no céu dos passarinhos. Lá o gavião foi julgado e absolvido pela lei da Cadeia Alimentar. A juíza, sem dúvida nenhuma, foi a Meritíssima Natureza!
Águeda Mendes da Silva
Enviado por Águeda Mendes da Silva em 16/06/2014
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