A festa de aniversário do bem-te-vi
O bem-te-vi era o pássaro mais conhecido da rua dos cajueiros. E naquele dia era seu aniversário. Com muita alegria saiu cantando ao som de BEM-TE-VIS que ficou uma beleza na manhã de novembro.
Ele convidou o sabiá, o pardal, os periquitos e todos os outros pássaros que costumavam ficar por ali na vizinhança. Até uns urubus que gostavam de pousar nos galhos altos de uma velha amendoeira foram convidados.
Não pediu que levassem presentes. A festa seria logo depois do meio-dia. E mesmo quem não fora convidado poderia entrar. A entrada era gratuita.
O primeiro canto da festa seria dedicado aos convidados.
E todos chegaram quando o sol gingava com seus raios como tema de luz e calor. Então o bem-te-vi inovou e soltou a voz:
_ BEM-TE-VI, BEM-TE-VI, BEM-TE-VI!
Criando uma mistura de repetições tão idênticas que os convidados julgaram ser um autêntico concerto de bem-te-vis pela tarde afora.
Para completar a festa em alto astral, todos os pássaros levantaram a cantar com seus repertórios que a rua se enfeitou de melodias de tal modo que as pessoas abriram suas janelas, celebrando também o aniversário do bem-te-vi.
E num clima de cantos de passarinhos, a festa arrancou elogios de todos os convidados!