A estrelinha *
Clarinha desejava alcançar as estrelas.
Uma noite, ela viu uma estrelinha azul tão brilhante, tão brilhante, que acreditou mesmo poder tocá-la. Ficou de pé em sua cama e esticou o braço pela janela, abrindo e fechando os dedinhos roliços, como se quisesse pegar um brinquedo.
Franziu a testa. Sua boca apertava a língua de lado. Então ergueu um pé e esticou-se ainda mais. Estava tão determinada que acreditou que podia simplesmente voar e pescar aquela estrela com a palma da mão.
E quando ela acreditou, ela voou. Ainda surpresa, mas contente e eufórica, foi nadando pelo ar, e até fechou os olhos para sentir com mais gosto o vento em seu rosto. Quando abriu os olhos, viu que já tinha alcançado e estrelinha azul. Então a pegou com as duas mãos, como se segurasse um passarinho.
Clarinha não queria mais deixar sua estrela. Mas Clarinha não podia morar no céu, ela era uma menina e tinha sua vida de menina. E a estrela pertencia às outras estrelas. Clarinha abraçou a estrela contra seu peito, despedindo-se, agradecida pelo feito e pelo encontro. Então, Clarinha abriu as mãos, devolvendo a estrelinha para o céu, e voltou para o seu quarto, descendo flutuante como uma pena. Deitou em sua cama, recostando-se alegremente em seu travesseiro, e adormeceu.
Mas Clarinha havia abraçado a estrela tão forte e tão profundamente, que ela nem percebera que um raiozinho azul e radiante entrara em seu palpitante e corajoso coração.
A partir desse dia, Clarinha brilhou.
Publicado em “Mulheres e seus amores”, disponível aqui em formato E-Book.
Clarinha desejava alcançar as estrelas.
Uma noite, ela viu uma estrelinha azul tão brilhante, tão brilhante, que acreditou mesmo poder tocá-la. Ficou de pé em sua cama e esticou o braço pela janela, abrindo e fechando os dedinhos roliços, como se quisesse pegar um brinquedo.
Franziu a testa. Sua boca apertava a língua de lado. Então ergueu um pé e esticou-se ainda mais. Estava tão determinada que acreditou que podia simplesmente voar e pescar aquela estrela com a palma da mão.
E quando ela acreditou, ela voou. Ainda surpresa, mas contente e eufórica, foi nadando pelo ar, e até fechou os olhos para sentir com mais gosto o vento em seu rosto. Quando abriu os olhos, viu que já tinha alcançado e estrelinha azul. Então a pegou com as duas mãos, como se segurasse um passarinho.
Clarinha não queria mais deixar sua estrela. Mas Clarinha não podia morar no céu, ela era uma menina e tinha sua vida de menina. E a estrela pertencia às outras estrelas. Clarinha abraçou a estrela contra seu peito, despedindo-se, agradecida pelo feito e pelo encontro. Então, Clarinha abriu as mãos, devolvendo a estrelinha para o céu, e voltou para o seu quarto, descendo flutuante como uma pena. Deitou em sua cama, recostando-se alegremente em seu travesseiro, e adormeceu.
Mas Clarinha havia abraçado a estrela tão forte e tão profundamente, que ela nem percebera que um raiozinho azul e radiante entrara em seu palpitante e corajoso coração.
A partir desse dia, Clarinha brilhou.
Publicado em “Mulheres e seus amores”, disponível aqui em formato E-Book.