Sou uma delas

Oi! Amigos, meu coração está em festa e radiante, a alegria dentro dele é tanta que preciso compartilhar com vocês.

Estou estupidamente surpresa e boquiaberta e o motivo é o retorno de minhas amadas fadas.

Surpreendente foi como retornaram para casa, ou melhor, para o meu esperançoso coração.

Hoje, à tarde, enquanto eu lia um desabafo de um poeta que estava muito chateado com um colega escritor que lhe corrigiu sem amor perante os outros colegas, tive um redemoinho em minhas lembranças, elas saíram voando e foram parar num canto especial do meu palco de emoções.

Fiquei imaginando por qual motivo as pessoas gostam de ser melhores que as outras e porque precisam provar para a demais tal superioridade. Achei isso tudo tão triste e mesquinho e resolvi olhar para o meu espelho da alma. Foi neste instante que minhas fadas da esperança voltaram. Toda a tristeza e decepção saltaram de meu coração e ele se encheu de um entusiasmo gentil e amoroso.

Recordei-me das vezes em que eu achei que deveria ser melhor que as pessoas que estão ao meu lado, das vezes que perdi meu tempo mostrando que sei mais, exibindo meus tolos diplomas que sustentavam minha cabeça oca de sabedoria e que disfarçavam minha alma deprimente e enfadonha.

Senti vergonha de tais lembranças, mas uma da fada da esperança jogou um pó de amor e compaixão em meu sofrido vagar e logo consegui perceber que eu já havia superado minhas incoerentes loucuras e insensatezes.

Um sorriso enorme estampou no meu rosto, descobri que não sou apenas amiga das fadas da esperança, sou uma delas.

Fadas também trilham um caminho de aperfeiçoamento até aprenderem a voar e fazer magias e encantamentos. Assim pensando, perdoei-me.

Voando magicamente adentrei no coração dos dois poetas tristonhos, aqueles dois meninos briguentos que me ajudaram a trazer minhas amigas de volta, espalhei no coração deles um pozinho de perdão e carinho.

Agora, basta esperarmos para vermos se eles aceitam um doce encanto de uma cordial fada da esperança.