LENINHA E O DRAGÃO COR DE ROSA
Leninha, menina criativa e sonhadora, passava horas seguidas em frente à televisão e videogames.
Parecia não se importar em não ter muitos amiguinhos. Sua imagi
nação dava um jeito nisso, e amiguinhos "surreais" inventava de acordo com o dia e a oportunidade, para juntas brincarem.
De manhã, visitava Alice no País das Maravilhas. Passava pela mes-
ma porta apertada com a ajuda de seus amigos coelho, gato xadrês e
soldados baralho. Frequentava os castelos nobres. Tomava o chá das cinco com os lordes e rainhas. Só se irritava, quando algumas cabeças iriam rolar. Aí, então, a brincadeira acabava, ou mudava de lugar.
Teve dia que foi pega de surpresa por uma tormenta, e no meio de um furacão foi parar. Dizem que foi trapaça do Mágico de Oz, que a sua
atenção queria chamar. Mas, ela não deu bolas, pegou os sapatos mágicos Bruxa do Leste e em Palm Beach foi surfar. Pegou ondas em Niá
gara e cansada de tantas aventuras, ao seu lar voltou.
Sem muitas fantasias, agora, ficava trancada no quarto descansan
do ou conversando. - Não se sabia com quem! Só que seu irmão, muito xereta, montou guarda na porta de seu quarto. Até que um dia ouviu es
tranhos barulhos e grunhidos. - Ou seriam chiados? Até que não aguen
tando mais a curiosidade, espreitou pela janela da menina e viu um pe
quenino, mas assustador dragão cor de rosa, soltando fogo e fumaça pelas narinas.
Ele correu casa adentro, feito louco, e contou tudo para sua mãe, que pensou ter agora dois loucos na família. Ela aflita foi investigar a tal história e ao abrir a porta do quarto de Leninha, viu-a docemente envol
ta no cobertor, tendo preso aos seus dedos, um inofensivo e belo dragão cor de rosa.
Mas, foi só a mãe fechar a porta do quarto aliviada, que nem perce
beu que pelo vão, debaixo da porta, saia um enorme clarão intrigante.