A PRINCESINHA QUE SE PERDEU NA FLORESTA

A PRINCESINHA QUE SE PERDEU NA FLORESTA

Era uma vez um rei muito rico, chamado de sultão. Seu país

era muito seco, mas muito rico, cheio de pedras preciosas que eram

extraídas das montanhas existentes de areias que tinham sido sedimentadas com o passar de dezenas e dezenas de anos. O rei era

admirado por todo o povo do reino por sua bondade, pela bondade da

rainha e pela beleza de uma filhinha que eles tinham. Devido o terreno

do país, quase nada era produzido lá, com exceção de pequenas plantações de tâmaras nos diversos oásis existentes por toda a extensão do país. Assim, muitos viajantes de outras terras acorriam ao

país do sultão para vender os produtos de que o povo necessitava. Ele muito bondoso, comprava e distribuía em praça pública. Ia ele, a rainha e a princesinha Kainha. O povo vibrava de alegria e recebia alimentos

para muitos e muitos dias. Todos admiravam a beleza da princesinha. Kainha era um sonho para aquele povo feliz.

Depois, o sultão ia conversar com os mercadores que vinham em seus navios, em seus camelos e marcar nova data para compra de mercadorias. Numa destas palestras, alguns mercadores falaram ao rei da existência de uma terra onde os rios pareciam mar e as matas cobriam a terra com árvores frondosas e majestosas. O rei interessou-se por um país de tão grandes maravilhas e falou que iria arrumar a sua frota e visitaria a beleza desta grande terra. Passaram-se dois meses e, tudo pronto, o rei partiu, apesar do choro de seu povo. Depois de navegar muitos e muitos dias vendo só água e nada mais, avistaram bem distante uma mata verdejante. Ancoraram os navios na foz de um rio e foram descarregar pra terra os suprimentos e o coche do rei. Com dois dias de descanso, o rei mandou que os tripulantes fossem abrindo uma picada para a passagem do coche real. Após dois dias de viagem, o rei ficou extasiado com tamanha fartura de água, de animais, de pássaros e comida. Chegaram em uma clareira na mata e o rei ordenou que acampassem ali.

Todos estavam muito alegres e esta alegria foi a perdição da expedição. Descuidaram-se e a princesinha Kainha na sua inocência partiu em busca das borboletas multicores, brancas, amarelas, vermelhas e de muitas outras cores. Os pássaros vinham sentar-se e comer em suas mãos e ela cada vez mais entrando na mata. Perdeu-se! Não encontrava mais o caminho de volta. Nestas alturas, todos da expedição já estavam à sua procura numa busca inútil. Kainha foi adentrando pela mata, arranhando-se nos espinhos até que chegou numas casas de palhas. Todos os habitantes ao verem aquela menina alva, de olhos meigos, cabelos doirados ajoelharam-se e pensando ser a deusa da floresta gritaram ao mesmo tempo: Nossa Rainha, Nossa Rainha. E num linguajar diferente disseram . nossa RAINHA KAINHA. Kainha cresceu no meio daquela gente, aprendeu a fazer o que eles faziam e a compreender o mundo diferente do seu, com muita luta e destemor.

FIM DO I CAPÍTULO

Antonio Tavares de Lima
Enviado por Antonio Tavares de Lima em 21/02/2013
Reeditado em 17/04/2014
Código do texto: T4153057
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