A Agendinha da Abelhinha Zilu

Zilu era uma abelhinha muito determinada. O sonho dela era virar rainha da colmeia encantada. Assim era chamada a sua morada pelas suas amiguinhas, as abelhinhas operárias. Na realidade, elas faziam parte de sua família e eram coordenadas pela abelha mãe que se chamava Caiçara.

Como para chegar a um saboroso mel é preciso muito organização, Zilu fortaleceu as suas asinhas, apurou suas anteninhas e preparou um script para não perder nenhuma etapa da produção. E assim ficou sua agendinha:

Na Segunda e Terça, estipulou que iria visitar diversas flores para procurar o melhor pólen da cidade e, com isso, evitar quaisquer dissabores. Na Quarta, sempre teria reunião com suas coleguinhas. Afinal de contas, o que seria dela sem a ajuda das irmãzinhas? Na Quinta, o transporte do pólen da flor para sua casinha iria fazer, pois, queria evitar que qualquer coisa de ruim pudesse acontecer. Já na Sexta e no Sábado, o mel propriamente dito iria fabricar com o seu zumzum mais bonito para todos encantar. No Domingo, quanta alegria, um pouquinho de descanso, já que no outro dia, mais uma semana de labuta estava para começar.

Zumzum para lá, zumzum para cá...Laralalalalá...Essa foi a cantoria mais escutada na colmeia até o final do ciclo de fabricação do doce mais famoso e saudável do mundo chegar. Zilu era uma abelhinha muito esperta e nunca deixava ninguém desanimar. O resultado foi um mel de cor inacreditável, de uma pureza inigualável e com um sabor tão requintado que é muito difícil de encontrar.

A abelha mãe ficou tão satisfeita com o trabalho que condecorou Zilu como a melhor abelhinha daquele seu reinado. Para comoção de todos, Dona Caiçara tinha ainda prometido que, quando se aposentasse, o cargo seria dela porque jamais tinha visto tanta festa na colmeia.

A abelhinha Zilu, muito emocionada, agradeceu aquelas palavras e mostrou sua agendinha, agora parceira eterna, para longa data. Enfatizou ainda que organização é um processo difícil, mas com dedicação e carinho é o melhor caminho para realizar qualquer sonho, seja ele pequenino ou grandinho.