YVES & JOSO
Era uma vez dois irmãos gêmeos que viviam em eterna competição. Seus pais não sabiam mais o que fazer devido às constantes brigas dos meninos. Tudo o que um tinha o outro queria em dobro. E assim a casa da família vivia de pernas pro ar.
Se Yves tinha um carro Joso tinha que ter dois carros. Se Joso comia um pastel, Yves queria comer dois pastéis. Se Yves tinha um soldado de chumbo, Joso tinha que ter dois soldadinhos de chumbo. Se Joso ganhava uma calça, Yves queria duas calças. Se o quarto de Yves tinha uma tonalidade de azul, a de Joso tinha que ter várias tonalidades de azuis. Se Joso pensava em ter um amigo, Joso pensava em ter dois amigos. Se Yves pegava uma colher, Joso pegava duas colheres.
O tio Justo em visita a irmã, mãe dos meninos, sugeriu que ela parasse de alimentar a competição dos meninos e para isso sugeriu que ela tivesse outro filho, passasse um tempo ser dar presente aos dois ou que simplesmente os ignorasse. Porém a mãe sabia que ao ter dois filhos, ele teria problemas dobrados e ria da situação achando que aquela fase passaria com o tempo. O pai apoiava a opinião do cunhado e concordou com a idéia de outro filho e de preferência uma menina.
Yves e Joso que escutavam tudo disfarçadamente nesse momento falam ao mesmo tempo para o pai, a mãe e o tio Justo.
- Oba! Agora em vez de do dobro teremos o triplo.
- Essa não, essa nossa solução criará ainda mais confusão, gritou os três adultos em uma só voz.