CURURU O SAPO CANTADOR

O sapo pula e pulula

No meio do charco

O menininho pergunta

-Seu sapo por que tanto o senhor pula?

Ele pulando coaxa e fala ao menino.

Antes preciso afinar a voz e cantar...

“Eu pulo pululo sou só alegria

de noite ou de dia sou só poesia...!

O menino atento escutava. E então o enorme sapo continuou.

-Te contarei a minha historinha. Se assentou o menino numa pedra pra escutar atentamente a historinha se acomodou e silenciou para escutar. E o sapo então começara...

-Eu pulo que é pra chegar mais rápido meu lindo guri.

Pra namorar com a minha formosa saburra Sapura

que é a linda mais linda de todas as anfíbias anuras...

É a“mina” dos sonhos e sabe lavar cozinhar e ainda por cima costura sabe por a mesa e ainda servir sobremesa...

-Por isso que não corro, pulando subo até morro

Sou da família dos bufonídeos e com orgulho não peço socorro

Só quero pular sobressaltando chegando à minha princesa

La na lagoinha eu pulo mansinho

Pra dar mil “smacks” no meu lindo docinho

Na minha sapinha Sapura lá na lagoinha...

E logo mais assumir os meus filhinhos girinos sapinhos

E viver bem feliz cantando e coaxando

Para sempre com minha princesa

Com minha rainha

Que tá tão gordinha, mas é tão fofinha

Aguardando os meninos que terão

A minha carinha e sigo cantando esta minha canção.

“Eu pulo pululo sou só alegria de noite ou de dia

sou só poesia...”

-De manha meu jovem eu descanso

pois que a noite é meu dia

sou só poesia dançando eu canto.

To tão mais apaixonado e feliz. E o menino sorria.

-Tire uma foto menino que nem preciso dizer giz.

-Meu nome é Cururu que em tupi quer dizer grande sapo

pulo que nem grilo gafanhoto ou canguru

e canto adoro cantar em dias frios que nem o Saparotti.

-Eu pulo pululo sou sapo maduro coaxando no escuro

-Sou sapo tão tão feliz e belo

e o meu castelo

é feito de lindos cogumelos amarelos

onde todos virão morar comigo perto do riacho doce como caramelo...

-Dizem que sou frio é verdade.

Mais por dentro tenho um coração imensamente apaixonado

que pulula, pulula, pulula, muito mais do que eu.

Porque encontrou seu lindo amor...

Cantando a noitinha na beira do riacho na boca do breu...

-Por isso canto...

“Eu pulo pululo sou só alegria

de noite ou de dia sou só poesia...”

E o menino escutara toda sua historinha

E então pergunta ao senhor Cururu.

-O senhor não se zanga? E ele então redargüiu.

-Muito raramente me zango. Dizia com olhar triste o Cururu.

Quando alguns meninos sem educação me malinam

eu solto um liquido viscoso pelas costas que é uma

auto-proteção para me deixarem em paz.

-Por isso nunca tente me malinar que eu solto veneno

-Eis minha resposta meu menino não queiram nunca me ver pelas costas... Aprenda uma coisa meu jovem. Falava franzindo sua testa o senhor Cururu, e prosseguiu. –tudo na biosfera

É manso até se tornar fera. Por isso sempre faça o bem sem olhar a quem. -Aprenda esta lição. -Agora preciso ir que está escurecendo e o que termina pra você começa pra mim...

-Tudo bem. Falou o guri. –obrigado senhor Cururu pela lição e por tudo, adeus. Despedia-se o menino já correndo. E o senhor Cururu coaxou adeus bom menino. E começou a cantar de novo para ir ao encontro de sua amada que estava esperando seu Cururu cantador...

“Eu pulo pululo sou só alegria de noite ou de dia sou só poesia...”

E assim todos foram felizes para sempre.

............. F I M ..............

Jasper Carvalho
Enviado por Jasper Carvalho em 06/02/2012
Código do texto: T3483993
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