A casa das rosas
Era uma casa antiga perto da Igreja. Todos os domingos os meninos subiam no pé de azeitona, que havia do lado de fora para ver o jardim. O dono não tinha cães, mas havia um pé de rosas bem ao lado do portão de madeira.
Um dia, uma das crianças resolveu pegar uma flor para a professora. Num primeiro instante, pensou em pular o muro, depois resolveu abrir o portão. Porém havia chave, por ali o vento passava derrubando algumas pétalas das flores esquecidas no roseiral.
Era pelo mês de março. As chuvas tinham deixado o ar com aquela cor de verde e suavidade. O menino ficou perto do portão com uma impressão de que a manhã estava cheia de vozes de pássaros e, de repente, apareceu uma mulher de cabelos brancos como as nuvens do céu.
Por aquela casa que tanto parecia um mundo distante, veio uma voz calorosa de bom dia. E só mais tarde, quando ele tomava café, ouvindo histórias de meninos e meninas que passaram por ali, foi que ele soube que aquela senhora tinha sido a primeira professora da cidade.