A CASA FANTASMA

Conto Fantástico

A Casa Fantasma

Era madrugada, eu caminhava na noite escura como breu, estava aflita à procura de um taxi, precisava voltar para casa. Nada de táxi! Comecei a tremer, não sei se de frio ou de pavor, pois uma casa assombrada surgiu, enorme assustadora. Então usei uma mágica aprendida com uma bruxa amiga, e bati palmas. Os vizinhos abriram as janelas, tudo clareou, até o táxi apareceu. Mas a estas alturas eu estava curiosa demais com a cor da casa que era roxa. Fiz abra-cadabra e outra vez o problema se resolveu, apareceu uma criatura que me deixou entrar. Lá dentro era quente e azul. Vi muitas pessoas em volta de uma mesa, e elas jogavam baralho e fumavam. Havia ali poltronas, quadros raros nas paredes até a Monalisa de Leonardo Da Vinci. Numa mesa de canto havia xícaras e um bule de café, mas o cheiro que eu sentia não era de café, era de mofo .

No canto direito havia uma porta fechada, era de vidro, mas eu não conseguia ver através dela , então surgiu um gnomo e ficou me fitando como se fosse eu, um fantasma. Corri até a porta, mas tudo ali era muito quente, aí tive a ideia de entrar dentro de um refrigerador e ir me arrastando com ele. Consegui passar e o que vi foi um restaurante com tudo de bom, mas sai correndo porque tive medo da tentação de comer aquela comida, era tudo muito estranho, e se a comida estivesse envenenada?

Quando ia saindo tropecei num gato preto, apavorada voltei e bati, pedindo ajuda, ninguém apareceu, o silêncio era total.

Consegui me afastar daquela morada estranha. A claridade do dia começava a iluminar minhas ideias. Voltei para minha casa mas aquelas imagens incríveis permanecerão em minha memória até o fim de meus dias.

Gerci Oliveira Godoy