DEBORA, A AMIGA DO GRILO FALANTE
CAPÍTULO I - SOCORRO VINDO
Meus gritos de socorro não foram em vão.
Grilo Falante, não fique mais preocupado!
Já prendi na corrente Rex (o terrível cão).
Fique tranqüilo, meu amigo estimado.
Minha querida amiga Débora, Obrigado,
Mas por favor, aproxime de mim não.
Desculpe! É que estou envergonhado
Por me encontrar nessa fétida situação.
Pela minha expressão facial não há segredo
Deu para notar que fiquei com muito medo
do ataque desembestado desta besta feroz.
Eu não me controlei. Estou todo borrado.
Sou de fato sua amiga, não fique envergonhado...
Disse Débora ao Grilo Falante com sua suave voz.
CAPÌTULO II - AMIZADE VERDADEIRA
Apesar de tudo você não pode se queixar da sorte,
Trago comigo uma flanelinha para que possa limpar
As lentes dos meus óculos. Transformá-la-ei num short
Pequenino e assim de sua roupa suja você se livrar.
Nem sei como lhe agradecer. Além de me livrar da morte
Ainda teve a santa idéia de uma roupinha para mim costurar...
Eh! Tal contexto faz com que a um provérbio eu reporte:
Quem tem amigo, não morre pagão... diz a sabedoria popular
Débora, aqui perto tem um riacho. Vou me lavar...
De novo lhe agradeço do fundo do meu coração.
O shortinho estará pronto quando você voltar.
Agora, meu amigo, deixa de rasgar tanta seda
Eu não fiz nada mais do que a minha obrigação
Acudir um amigo é a via que a amizade envereda.
O FILHO DA POETISA
P.S.: Para Débora Malucelli uma singela estorinha do meu eu-lírico infantil...