Meu Primeiro Amor - I

Sinopse

Caio aparentemente é um garoto comum, mas é muito inseguro e se sente incapaz de expressar seus sentimentos a sua amada, Clara. Mas este conto irá revelar momentos inesquecíveis e fará você leitor se entregar em uma história cheia de romances.

Prefácio

Confesso que esta não é só uma história de amor, mas é minha história de amor, ou melhor, é sua história de amor. Todos adolescentes se sentem aguerridos quando chegam em alguma mulher, não importa o lugar, mas estão sempre pedindo para colegas falarem com as garotas que eles estão paquerando, isto é normal, mas este garoto é diferente, ele é especial e único.

Capitulo I - Sentimenros inexplicavéis

- Caio hoje é o seu dia de lavar a louça - Gritava sua irmã mais nova em berros ensurdecedores.

- Não precisa gritar eu sei o que devo fazer - Retrucou Caio indo em direção a pia.

Meu nome é Caio. Tenho 16 anos e dois irmãos mais novos. Sim infelizmente sou o mais velho e esta responsabilidade me assusta cada vez mais, sempre tenho que cuidar deles e quando algo de errado acontece, eu sou sempre o culpado, mas isto é o de menos, minhas férias estão chegando, mas o que me deixa realmente preocupado é que na sexta feira tenho minha prova final de matemática, se eu não tirar uma boa nota irei ficar para recuperação e minhas ferias serão um desastre. Enfim, este sou eu um adolescente normal, tirando meu óculos, meu corpo raquítico e por não ser o garoto que as garotas desejam.

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Sua tarefa domestica tinha chegado ao fim, e seu maior desejo naquele momento seria tomar um banho e dormir, pois amanha ele teria que agüentar mais um dia horrível de zombação em sua escola. Sendo assim o garoto entrou no banheiro sorrateiro, ligou o chuveiro e deixou aquela água fervente decair em seu corpo. O banheiro em poucos minutos fora obliterado pela fumaça de vapor, enquanto sua mente transbordava em pensamentos.

- Caio, saia logo deste banheiro - Gritou sua mãe margarida, interrompendo seu intelecto que viajava pra longe daquela casa -

- Já vou mãe - Respondeu.

Saiu de seu banho direto para seu quarto, colocou suas roupas típicas e logo empós deitou-se em sua cama, abriu uma revista de gibis e começou a ler. Após cinco minutos de leitura o jovem fora vencido pelo sono.

Um barulho irritante interrompeu seu sonho, era o relógio na cabeceira de sua cama despertando. Caio olhou direto para o relógio, era exatamente 05h30min da manha.

- Desça logo filho, o café da manha já está pronto - Disse Margarida no pé da escada.

O adolescente desceu rapidamente os andares das escadas pulando descontroladamente até chegar la embaixo. Parecia bem atrasado e realmente estava, engoliu o ovo que sua mãe tinha fritado e com certa velocidade fez com que o leite descesse goela baixo.

- Obrigado mãe tchau - Disse o menino abrindo a porta de sua casa e saindo feito louco pelo portão. Sua ansiedade e seu atraso em chegar até a escola teve fim quando um caminhão de mudanças encostou-se à frente de uma casa, que ficava em frente a sua moradia. Sua mão fora direcionada até seus óculos, seu coração disparou, um frio tomou conta de sua barriga, tudo era tão estranho que sua mente tinha esvaziado e seu mundo parado. Em câmara lenta Caio observou uma garota descer do caminhão, seus cabelos louros, seus olhos esverdeados, seu corpo perfeito, sem nenhum nuance de defeito. Tudo era tão surreal.

- Vamos Caio estamos atrasados - Oliver puxou seu braço e começou a empurrá-lo. Seu corpo estava mole um sentimento que ele jamais conhecerá tinha sido despertado em seu coração.

- Sim vamos, vamos, eu estava olhando uma coisa ali - Retrucou o menino tomando direção a escola. O dia de mais uma aula sem sombras de dúvidas não seria comum, a imagem daquela garota não sairia com tanta facilidade da mente do menino, que se quer prestava atenção nos professores. O sinal da escola se espalhou pelos corredores, aquilo dotava o final da primeira aula. Houve a troca dos professores, contudo não fora só isso que ocorreu no mesmo instante que a prof.º Eduardo entrou na sala uma linda garota entrou na sala de aula, seus cabelos louros se esvoaçaram coma batida das lufadas que o ventilador produzia, todos os meninos ficaram estarrecido ao ver toda aquela beleza, mas, Caio estava sentindo algo diferente o que fazia ele pensar em diversas objeções. “Seria aquilo o destino”? “O acaso”? Não isso não existia.

A garota se sentou na terceira carteira e na segunda fileira, enquanto Caio era o primeiro da quinta fileira. Como de costume o professor Eduardo solicitou que a garota se apresenta-se para classe dizendo seu nome e sua idade. O garoto se posicionou com classe, como qualquer homem queria mostrar que não era um babaca nerd, queria mostrar que sabia lhe dar com as mulheres, o que não era verdade.

- Meu nome é Clara e tenho 16 anos - Disse a garota com certa timidez. Sua voz doce e singela contagiou Caio que se via paranóico pela menina, ele ficou observando-a durante algum tempo, vendo seus lábios se moverem e seus olhos piscarem rapidamente, o move de suas mãos na hora de falar, tudo perfeito.

- Caio, Caio - Dizia Oliver ao seu lado. O garoto estava hipnotizado, o que fez seu amigo tomar uma decisão e lhe dar um soco no braço.

- Fale Oliver - Vociferou Caio passando a mão em seu próprio braço. - Você conhece esta garota? - Prosseguiu Oliver. - Claro que não. Você não ouviu ela dizer que é nova aqui na cidade? - Retrucou o menino. - Sim, sim, mas eu a vi lá na frente da sua casa. Acho que ela se mudou pra lá. - No final da frase o sinal do intervalo despegou e todos saíram. - Sim acho que era ela mesma - Disse Caio frisando na novata.

Não tinha outro assunto a não ser sobre a garota, algumas meninas falavam mal e tentavam encontrar defeitos, enquanto os meninos decidiam quem seria o primeiro a chegar nela e puxar um papo. Grande parte ficou parado apenas observando, enquanto Dener e seu colega Thiago um dos garotos mais ‘descolados’ da escola chegaram em Clara. Fora questão de segundos e mais um sentimento desapertou no coração de Caio, a raiva tinha consumido seu corpo, ele naquele momento se achava ainda mais incompetente por não ter a coragem de chegar e se apresentar para a garota.

- Nós temos que ir até ela - Pronunciou Caio. - Quando Dener sair nós vamos, entendeu Oliver?

- Sim, vamos sim. Mas, acho que isso não vai dar certo. - Disse Oliver com um tom de insegurança. Dener e Thiago deram um beijo no rosto da jovem e se afastaram, estava tudo preparado e os dois colegas foram em direção da menina, mas quando chegaram perto, um grupo de meninos a abortaram e começaram a conversar com a garota, realmente aquele dia não seria o mais adequado para uma apresentação.

As aulas se passaram normalmente e com a falta de um dos professores a classe de Caio acabou saindo mais cedo.

- Caio não se esqueça que sexta feita você tem prova a fazer. - Disse o professor mexendo em suas cardenetas. - O menino estava a sentir um peso em suas costas, cada dia que se passava cada hora e cada minuto, sua mente se dilatava, ele não tinha mais o controle sobre si, e os estudos de matemática estavam a ficar para trás.

- Falow Caio, sábado vou à sua casa pra saber se você foi bem na prova - Disse Oliver indo embora. Caio abriu o portão de sua casa e entrou, chegou perto de um pé de mangueira e encostou-se por lá mesmo, colocou sua bolsa no chão enquanto deslizou-se até cair sentado, sua mão fora direcionada até sua cabeça, seus óculos foram retirados e colocados ao seu lado, ele aparentava estar perturbado com aquele dia cheio de emoções e cheio de decepções.

- Olá, seu nome é Caio? - Uma voz suave e doce ecoou até os ouvidos do menino, ele olhou em direção ao portão, mas via tudo embaçado já que estava sem seus óculos. Rapidamente pegou sua armação e colou no rosto, demorou alguns segundos, e aquela imagem estarrecida na entrada de sua casa fora ganhando forma, como em uma cena de filme. Seus olhos se alargaram seus lábios ficaram secos, sua barriga congelou, e ele começou a suar frio. Tudo tão macabro, que ele não sentia mais nada e nenhuma palavra de sua boca conseguia sair. - Você Ouviu - Vociferou mais uma vez a menina -

- Sim, sim. Meu nome é Caio, prazer - Respondeu rapidamente se levantando e indo em direção a garota - E o seu é Clara? - Perguntou o menino estendendo sua mão - Sim isso mesmo. O prazer é todo meu. - Fiquei sabendo que você esta de recuperação em matemática é verdade? - Sim isso mesmo, consegui esta proeza, não sou muito fã de contas. - Nossa eu amo contas sou muito fã de matemática, se você quiser posso te ajudar a estudar - Não tinha como resistir, o mundo de Caio despencou, agora ele só vivia no mundo de Clara sua vida a partir daquele dia tinha mudado, mas ele sabia se pra pior ou se pra melhor.

- Mas, é claro se você não se importar - Respondeu Caio em uma euforia escondida lá dentro. - Ok. Se você quiser ir amanha lá em casa depois do almoço posso te ajudar. Agora tenho que ir, vou para minha aula de Piano -

"Ela toca Piano? Ela toca Piano? Onde eu estou?" Pensava loucamente o garoto - Está bem Clara Tchau e boa aula - Obrigado Tchau -

Seu coração parecia pular pela boca de tanta felicidade, o jovem pegou sua bolsa e correu pra dentro de sua casa. Sua mãe levou um susto com aquela euforia, ele subiu rapidamente as escadas abriu a porta de seu quarto, jogando todo seu material na sua mesa de estudos, com um pulo ele deixou seu corpo cair na cama e abriu seus braços, seus olhos ficaram direcionados para o teto e sua mente viajou em um mar de alegria, aquele sentimento era brilhante algo inexplicável.

Douglas Dias
Enviado por Douglas Dias em 23/09/2011
Reeditado em 26/09/2011
Código do texto: T3236593
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