O POMBO ABREU E O MENDIGO.

Abreu, o pombo, aprendeu a voar depois de um tombo.

Do ninho saiu, bateu as asas, tropeçou e caiu.

O pombo tonto corria pra cá e pra lá,

no meio dos carros na rua a andar.

Pobre pombo, parecia um tonto embriagado.

Tão assustado com os pneus e buzinas,

deu um pulo forçado e foi parar bem em cima,

dos ombros de um pobre coitado.

De tanto medo o pombo se cagou todinho,

sujando a roupa rota do pobre andarilho,

que achou muita graça naquilo

e resolveu ajudar o tadinho.

Segurou o bichinho impotente,

olhou bem e desejou boa sorte

e com um impulso bem forte,

arremessou para o alto o valente.

Como um foguete no espaço a voar,

o pombo alcançou as alturas

e ao abrir suas asas maduras

num instante começou a planar.

Batendo as asas como num sonho,

mais alto voava o aprendiz.

Olhou para o homem risonho,

que se mostrava feliz.

Deu um voo rasante

agradecendo o mendigo

que ainda radiante

acenou para seu novo amigo.

Voa pombinho Abreu

que o céu é todo seu.

Wagner Denys
Enviado por Wagner Denys em 20/09/2011
Reeditado em 20/07/2016
Código do texto: T3231051
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