O PRÓXIMO
Maria Júlia, em tenra idade, vai à igreja com a vovó, que lhe ensina algumas orações. Porque está prestes a fazer sua Primeira Comunhão, inicia-se também no estudo do evangelho.
Passa a participar das aulas de catecismo, todas as tardes das quartas-feiras, naquela mesma igreja. Junta-se, pois, a outras crianças de sua mesma faixa de idade. Catequistas muito bem instruídas.
Na última aula, após dois meses dessa introdução ao conhecimento dos deveres cristãos, o vigário da paróquia fez uma avaliação dos resultados desse trabalho.
Ele logo verifica que todas as crianças - iniciantes - têm suas lições bem decoradas, na pontinha da língua, principalmente a que se refere aos Dez Mandamentos da Lei de Deus. Aí, para sedimentar tão belo conhecimento, resolve fazer uma breve sabatina entre aqueles novos catequisados.
Escreve, então, no quadro:
“Ama o teu próximo como a ti mesmo”
E pergunta:
- Quem sabe explicar esta palavra:
Passa a participar das aulas de catecismo, todas as tardes das quartas-feiras, naquela mesma igreja. Junta-se, pois, a outras crianças de sua mesma faixa de idade. Catequistas muito bem instruídas.
Na última aula, após dois meses dessa introdução ao conhecimento dos deveres cristãos, o vigário da paróquia fez uma avaliação dos resultados desse trabalho.
Ele logo verifica que todas as crianças - iniciantes - têm suas lições bem decoradas, na pontinha da língua, principalmente a que se refere aos Dez Mandamentos da Lei de Deus. Aí, para sedimentar tão belo conhecimento, resolve fazer uma breve sabatina entre aqueles novos catequisados.
Escreve, então, no quadro:
“Ama o teu próximo como a ti mesmo”
E pergunta:
- Quem sabe explicar esta palavra:
“O P R Ó X I M O ” ?
As crianças, mesmo entendendo um pouco o sentido do termo, nada respondem. Certamente, inibidas com a presença e/ou a indumentária do desconhecido catequista.
O vigário insiste um pouco, tentando acalmar as crianças e até fornecendo-lhes algumas dicas...
Como ninguém lá da frente responde, Maria Júlia, impaciente no penúltimo banco, levanta o braço e grita:
- Eu sei...
Como ninguém lá da frente responde, Maria Júlia, impaciente no penúltimo banco, levanta o braço e grita:
- Eu sei...
- Ah, muito bem! - Responde o vigário, reanimado. Aponta no quadro o mandamento (Ama o teu próximo . . .) e, como que dando Graças a Deus, estende um sorriso e os braços para ela:
- Então, filhinha, diga-nos, em voz alta, o que você entende por “o próximo” ? . . .
Maria Júlia, por susa vez, sobranceira e sem medo de errar, explica com suas doces palavras, palavra por palavra:
- O “próximo” é assim:
- Então, filhinha, diga-nos, em voz alta, o que você entende por “o próximo” ? . . .
Maria Júlia, por susa vez, sobranceira e sem medo de errar, explica com suas doces palavras, palavra por palavra:
- O “próximo” é assim:
- quando a gente está no médico, uma enfermeira, toda vestida de branco, abre a porta e chama:
“ O P R Ó X I M O ! ! ! . . . “
- Então, "o próximo" é sempre quem está no médico, quem precisa de remédio
. . .
“ O P R Ó X I M O ! ! ! . . . “
- Então, "o próximo" é sempre quem está no médico, quem precisa de remédio
. . .
O vigário não a reprova e nada mais questiona. Abre a Bíblia (em Lucas, 18-15-17) e lê, para si, e para todos os presentes, inclusive os que riram da resposta de Maria Júlia. Mostrou que Jesus está ali, dizendo através dela, as palavras mais simples, de maior sentido e a mais apropriada para aquele momento:
“Vinde a mim as criancinhas, porque é delas o Reino dos Céus”.
Por que o eruditismo?
Basta ser e basta crer, como as crianças.
O NOSSO PRÓXIMO SEMPRE PRECISA DE UM MÉDICO E DE ALGUM REMÉDIO . . .
“Vinde a mim as criancinhas, porque é delas o Reino dos Céus”.
Por que o eruditismo?
Basta ser e basta crer, como as crianças.
O NOSSO PRÓXIMO SEMPRE PRECISA DE UM MÉDICO E DE ALGUM REMÉDIO . . .